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domingo, 24 de janeiro de 2010

Uma palavra amiga


Desculpe a ausência!
Infelizmente os afazeres me impedem de ser mais constante em relação ao acesso a esse blog. Tenho sido muito feliz em ler os relatos dos leitores sobre seus próprios problemas ou de amigos e parentes com esse transtorno. Vejo que o objetivo do blog está sendo alcançado.

Quero dizer a todos que não desistam. Lutem com todas as armas de que dispomos para o controle desse transtorno que tanto faz sofrer àqueles que estão diretamente ligados a alguém em crise. E também não devemos nos esquecer que os acometidos com esse transtorno passam por sensações de dor física e principalmente, o sofrimento psicológico beira ao 'insuportável'.

Tenho acompanhado um caso de TBH em que o paciente foi diagnosticado há pouco tempo e já está fazendo uso dos medicamentos. Nesse caso, o uso de Depakote e fluoxetina.
Suas crises de mania até o momento estão sob controle. Diminuiu muito sua irritabilidade e os acessos de fúria. A depressão ainda não cessou, o que me faz pensar que seja a falta da psicoterapia, cujo paciente ainda não teve como iniciar. Ao acordar já não sente o corpo tão pesado e sumiram suas dores no corpo e principalmente suas dores nas costas. Sente-se mais disposto fisicamente, sendo apenas impedido por sua depressão, que lhe causa uma falta de ânimo e lhe tira a concentração para seus afazeres diários.

Devemos nos lembrar que todo portador de TBH é um ser-humano completo e complexo, em que o tratamento não pode se limitar aos medicamentos. A psicoterapia vem como um importante aliado no entendimento de seu verdadeiro caráter, na formação de seus valores e no esclarecimento de questões da vida do paciente e de quem convive com ele sobre suas próprias escolhas. São feitas intervenções psicológicas que buscam melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos etc.). Como todas as formas de intervenção clínico-psicológicas, a psicoterapia utiliza meios psicológicos para atingir um fim específico (a cura ou a diminuição do sofrimento do paciente). Muitas vezes sendo necessária, inclusive, a psicoterapia em casal, com a presença de familiares ou em grupo - de acordo com a indicação).

O TBH não tem cura, mas tem tratamento, controle e o sucesso depende de persistência e principalmente muito amor.
Quem ama cuida, quem ama cura. O amor abre fendas nas rochas, criando assim, novos caminhos para campos mais ensolarados, e o primeiro golpe nessa rocha pode ser uma palavra amiga, um voto de confiança.

Se você tem TBH e tem ao seu lado uma pessoa que te entende e busca uma resposta para todas as crises que acometem sua vida, seus relacionamentos, peça ajuda. Não se envergonhe. Muitas vezes o diagnóstico positivo traz até alívio aos que cercam o TBH, pois isso explica muita coisa.
Peça e aceite ajuda se lhe for oferecida. Creia que há possibilidade de mudar o seu quadro. Seja feliz hoje e sempre.

Psiche!

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