tag:blogger.com,1999:blog-34840308709543484282024-03-18T21:53:41.637-07:00TBH - Transtorno BipolarBlog para bipolares e pessoas que se importam. Se você ama alguém bipolar, saiba que não está só.
Compartilhe e nos ajude a divulgar a TBH e seu tratamento.Conte-nos sua experiência e compartilhe vida e esperança.Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-12922438166385600562010-03-07T18:50:00.000-08:002010-03-07T19:00:11.036-08:00Brigas por nada - Carta de uma leitora<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBKH67qO4uwKXQKtX7HKQAGNbqLJpGBFaSIE2hwuoeMk2pvdhNzcJkkZTmC9LXHDyhcLn9IWIgGKGfPdafCl9-AizNDB5inL0xYEXn5Tebkx7beSpnTTNS-hlw7a7-esrR92mxjedq2sg/s1600-h/670570rdq5mflnhs.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBKH67qO4uwKXQKtX7HKQAGNbqLJpGBFaSIE2hwuoeMk2pvdhNzcJkkZTmC9LXHDyhcLn9IWIgGKGfPdafCl9-AizNDB5inL0xYEXn5Tebkx7beSpnTTNS-hlw7a7-esrR92mxjedq2sg/s200/670570rdq5mflnhs.JPG" width="200" /></a></div><span style="color: orange;">Recebi esse comentário e no fim um pedido de ajuda. </span><br />
<span style="color: orange;">Como não tenho o e-mail da pessoa que escreveu, resolvi dar a resposta como uma nova postagem. </span><br />
<span style="color: orange;">Se alguém precisar de uma palavra, uma informação, tirar uma dúvida ou trocar experiências, desabafar, tudo o que tiver ao meu alcance, escreva por favor para: </span><a href="mailto:tbh.psico@gmail.com"><span style="color: orange;">tbh.psico@gmail.com</span></a><br />
<span style="color: orange;">Assim que possível estarei respondendo.</span><br />
<span style="color: orange;"><br />
</span><br />
<span style="color: orange;">Segue:</span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">Meu marido, por nada, sempre me ameaça em me deixar. Isto ocorre desde os primeiros anos de casamento. Agora, só agora, depois de 08 anos de casada, percebi que ele tem alterações de humor. Hoje, por exemplo, ele chegou com uma churrasqueira, dizendo que iríamos passar o carnaval bem, comendo umas carninhas e cerveja, e depois iríamos à rua para ver o movimento. Pois bem... Fomos ao quintal de nossa casa e falei para ele deixar um balde pesado que estava no chão, no alto para o meu pai pegá-lo . Percebi que falei algo pesado demais para ele, a fisionomia mudou, e comecei a conversar normalmente, não demorou muito ele começou a me chamar de insuportável, que não sabia porque estava, ainda, casado comigo. Eu ainda lhe pedi para não continuar, pois queria passar o carnaval em paz... Não adiantou, ele mais bravamente me chamava de insuportável. E saiu para rua, só voltando à noite e não mais dirigiu a palavra a mim, e eu chorando na minha, pois a minha cabeça começa a refletir toda a situação e não percebo nada que pudesse tornar esta briga horrível. E no dia seguinte, como ele é advogado, já fez a petição de divórcio sem comentar uma só palavra e deixou na mesa para eu lê-la. Eu na verdade já estou nesta situação, como já disse, há alguns anos, mas não dei -me conta da situação, e lendo este site , percebi que os sintomas dele são iguais aos aqui descritos, tenho certeza que ele nunca admitirá que é um doente. E, infelizmente, não tenho estrutura psicológica para aguentar esta situação, pois sou uma pessoa bem humorada, gosto de brincar, tecer alguns comentários..., mas com ele tenho que ficar sempre na retaguarda, pois nunca sei a sua reação. Ele parece me odiar, não aguenta nem a minha voz. Estou mto triste e não sei se assino a separação. Ajude-me eu não tenho a quem recorrer, uma vez que os meus pais tbm são idosos, e não tenho com quem me abrir. Obrigado, me ajude! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">Postado por Anônimo no blog TBH - Transtorno Bipolar em Segunda-feira, Fevereiro 15, 2010 5:01:00 PM </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-size: large;">Resposta:</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;"><br />
</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Anônima,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Você, como tantas outras, passa por um problema que é realmente muito difícil. Só com amor e muita paciência podemos ser capazes de suportar as oscilações de humor de um bipolar que faz questão de nos insultar, humilhar, enfim, tantas coisas que ferem nossa auto-estima.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;"></span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Na verdade, eles fazem isso por diversos motivos, como: baixa auto-estima, inveja (isso mesmo), por não compreenderem os próprios sentimentos (lançam a culpa em alguém) etc.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Minha sugestão é que você não assine o divórcio enquanto ele está nesse estado alterado. Espere! A qualquer momento ele mesmo pode pegar essa petição que deixou para você assinar e dar um fim nela. Tente mostrar que ele está infeliz (escolha uma boa hora) e tenha um pouco de paciência. </span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Eu estive em uma situação parecida e falei que deixaria meu parceiro em paz se ele fosse ao psiquiatra comigo e depois da consulta ele ficaria livre de mim. Pois bem, resolvemos nossa situação antes da consulta (isso acontece com freqüência, afinal, seu humor oscila), mesmo assim, a consulta marcada, fomos para tirar as dúvidas. Não deu outra: diagnóstico de bipolaridade.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Estou feliz e meu marido estabilizado e grato, afinal, o sofrimento do bipolar é insuportável. Costumo dizer que o bipolar tem os sintomas de uma TPM elevada à 10ª potência. Para você que é mulher, imagine isso.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Quando o psiquiatra começa a falar dos sintomas, dos problemas que podem ser acarretados pelas oscilações de humor, todo o estrago que acontece com os relacionamentos do bipolar, geralmente assusta e eles se convencem do tratamento.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Outra coisa: a bipolaridade não é uma ‘doença’ é um transtorno. Entendendo isso, eles aceitam melhor o tratamento. A medicação é necessária para estabilizar as emoções e a qualidade de vida melhora consideravelmente.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Tente, lute e se de tudo a luta não valer a pena, afinal, cada um sabe de si, tome a decisão que achar necessária, mas nunca no meio da tempestade.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Um abraço e me escreva: tbh.psico@gmail.com.</span></div><span style="color: orange;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;">Se achar interessante, mostre esse blog para ele e por e-mail te passo meu telefone. Se você quiser conversar e ele também, posso tentar ajudar com meu relato pessoal e minha experiência com os casos que compartilho diariamente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-size: large;">Psique!</span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com41tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-40359115475347079912010-02-21T20:30:00.000-08:002010-02-21T20:34:39.843-08:00E-mail de contato<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBKxsXHHE01I9clrsFHuH_BbsEOSJPNUBlhKER63ceQpRgO0y9rB8tdtGW-CGp4B4MCo0zRV7gsyFnuQcZbBgjH3bOMj7rnvZgGJi9-Sgknh1WGFQJwuh2khexEyh9CZ8RVqroLM_f3p7s/s1600-h/Caneta+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ct="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBKxsXHHE01I9clrsFHuH_BbsEOSJPNUBlhKER63ceQpRgO0y9rB8tdtGW-CGp4B4MCo0zRV7gsyFnuQcZbBgjH3bOMj7rnvZgGJi9-Sgknh1WGFQJwuh2khexEyh9CZ8RVqroLM_f3p7s/s320/Caneta+1.jpg" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><strong>Gostaria de agradecer a todos os que deixaram comentários, </strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><strong>porém, tenho recebido muitos pedidos de ajuda e gostaria</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><strong> que eles fossem endereçados ao e-mail: </strong></span><a href="mailto:tbh.psico@gmail.com"><span style="color: yellow;"><strong>tbh.psico@gmail.com</strong></span></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><strong>Com o seu e-mail, posso pelo menos trocar algumas </strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><strong> informações.</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><strong>Um abraço a todos!</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><strong><span style="color: orange;">Psiquê!</span></strong></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-21634199967662403142010-01-24T11:16:00.000-08:002010-01-24T19:26:45.632-08:00Uma palavra amiga<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4UfF_20F2jiSS8EWBMPqNPFCalMZtZoqUNoFi2exuoggwA8NifvhKVV7tQKClRqWTK4iRKXtTY_RU-SknkLLoIJe9-TXiojJwSYMfjoSosVU44wbcxhdy6B7l0he-3I71UchKwiE0dlQh/s1600-h/Sol+na+m%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4UfF_20F2jiSS8EWBMPqNPFCalMZtZoqUNoFi2exuoggwA8NifvhKVV7tQKClRqWTK4iRKXtTY_RU-SknkLLoIJe9-TXiojJwSYMfjoSosVU44wbcxhdy6B7l0he-3I71UchKwiE0dlQh/s400/Sol+na+m%C3%A3o.jpg" width="400" /></a><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Desculpe a ausência!</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Infelizmente os afazeres me impedem de ser mais constante em relação ao acesso a esse blog. Tenho sido muito feliz em ler os relatos dos leitores sobre seus próprios problemas ou de amigos e parentes com esse transtorno. Vejo que o objetivo do blog está sendo alcançado.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Quero dizer a todos que não desistam. Lutem com todas as armas de que dispomos para o controle desse transtorno que tanto faz sofrer àqueles que estão diretamente ligados a alguém em crise. E também não devemos nos esquecer que os acometidos com esse transtorno passam por sensações de dor física e principalmente, o sofrimento psicológico beira ao 'insuportável'.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Tenho acompanhado um caso de TBH em que o paciente foi diagnosticado há pouco tempo e já está fazendo uso dos medicamentos. Nesse caso, o uso de Depakote e fluoxetina. </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Suas crises de mania até o momento estão sob controle. Diminuiu muito sua irritabilidade e os acessos de fúria. A depressão ainda não cessou, o que me faz pensar que seja a falta da psicoterapia, cujo paciente ainda não teve como iniciar. Ao acordar já não sente o corpo tão pesado e sumiram suas dores no corpo e principalmente suas dores nas costas. Sente-se mais disposto fisicamente, sendo apenas impedido por sua depressão, que lhe causa uma falta de ânimo e lhe tira a concentração para seus afazeres diários.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Devemos nos lembrar que todo portador de TBH é um ser-humano completo e complexo, em que o tratamento não pode se limitar aos medicamentos. A psicoterapia vem como um importante aliado no entendimento de seu verdadeiro caráter, na formação de seus valores e no esclarecimento de questões da vida do paciente e de quem convive com ele sobre suas próprias escolhas. São feitas intervenções psicológicas que buscam melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos etc.). Como todas as formas de intervenção clínico-psicológicas, a psicoterapia utiliza meios psicológicos para atingir um fim específico (a cura ou a diminuição do sofrimento do paciente). Muitas vezes sendo necessária, inclusive, a psicoterapia em casal, com a presença de familiares ou em grupo - de acordo com a indicação).</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">O TBH não tem cura, mas tem tratamento, controle e o sucesso depende de persistência e principalmente muito amor.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Quem ama cuida, quem ama cura. O amor abre fendas nas rochas, criando assim, novos caminhos para campos mais ensolarados, e o primeiro golpe nessa rocha pode ser uma palavra amiga, um voto de confiança.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Se você tem TBH e tem ao seu lado uma pessoa que te entende e busca uma resposta para todas as crises que acometem sua vida, seus relacionamentos, peça ajuda. Não se envergonhe. Muitas vezes o diagnóstico positivo traz até alívio aos que cercam o TBH, pois isso explica muita coisa.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6;">Peça e aceite ajuda se lhe for oferecida. Creia que há possibilidade de mudar o seu quadro. Seja feliz hoje e sempre.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="color: #b4a7d6; font-size: large;"><strong>Psiche!</strong></span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-52389346299113915692009-11-14T06:40:00.000-08:002009-11-14T06:42:06.163-08:00Como ajudar em caso de Bipolaridade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvaXO1XxU9lwSsNjEiAwLVSeloqgSOpgOQaP9IOZsnhzLM_6i922sA9Rd44ZX0fmxmZWjQtXEUH40jyRNry2KjVP7F3-L9ouRZ51tvmXARpMlakpLmvVquL_QWhfyOQcV26xFJaK0EjpxH/s1600-h/foto2_humor_ok.gif" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" sr="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvaXO1XxU9lwSsNjEiAwLVSeloqgSOpgOQaP9IOZsnhzLM_6i922sA9Rd44ZX0fmxmZWjQtXEUH40jyRNry2KjVP7F3-L9ouRZ51tvmXARpMlakpLmvVquL_QWhfyOQcV26xFJaK0EjpxH/s320/foto2_humor_ok.gif" /></a><strong><span style="color: #bf9000;">COMO A FAMÍLIA E AMIGOS PODEM AJUDAR?</span></strong><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;"></span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Antes de mais nada é necessário conhecer a doença e o tratamento do transtorno bipolar do humor. Mesmo assim, cada novo episódio representa um desafio, porque se misturam problemas individuais, questões pendentes, características de cada família.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">O apoio ao tratamento é fundamental para ajudar o paciente em momentos difíceis a manter os medicamentos na dose certa e no horário prescrito. Bastam alguns dias sem tomar a medicação ou tomando menos que necessário para que entre em nova crise. Compreender os sintomas não como seu jeito de ser, mas como doença, alivia muito e reduz o sentimento de culpa no deprimido. O doente em euforia requer firmeza e paciência, porque o relacionamento se torna mais desgastante. Ele pode recusar as orientações da família alegando que agora toda vez que se sentir feliz e de bem com a vida logo pensam que está em mania. A intervenção junto ao médico antes que perca a autocrítica previne consequências piores ou eventual internação.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Se os medicamentos estiverem causando efeitos colaterais muito incômodos e o paciente mencionar que quer parar com tudo isso, o médico deve ser informado; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Detectar com o paciente os primeiros sinais de uma recaída; se ele considerar como intromissão, afirmar que é seu papel auxiliá-lo; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Falar com o médico em caso de suspeita de idéias de suicídio e desesperança; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Compartilhar com outros membros da família o cuidado com o paciente; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Estabelecer algumas regras de proteção durante fases de normalidade do humor, como retenção de cheques e cartões de crédito em fase de mania; auxiliar a manter boa higiene de sono; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Programar atividades antecipadamente. </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Mesmo depois da melhora, há um período de adaptação e desapontamento; é importante não exigir demais e não superproteger; auxiliá-lo a fazer algumas coisas, quando necessário; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Evitar chamar o paciente de louco ou demonstrar outros sinais de preconceito, que favorecem o abandono do tratamento; tratá-lo normalmente e apontar sintomas com carinho; </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Aproveitar períodos de equilíbrio para diferenciar depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e alegria. </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;"><br />
</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #bf9000;">COMO O PACIENTE PODE SE AJUDAR?</span></strong><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">A pessoa mais interessada no próprio bem-estar é quem está doente. O paciente com transtorno bipolar do humor tem uma doença que costuma durar a vida toda, que se mantém sob controle com tratamento adequado. Cabe a ele o esforço de manter o tratamento: é ele quem toma os medicamentos - ou não. Ninguém pode forçá-lo, a não ser em situações que ponham em risco a sua segurança ou a de outros. Portanto, se você é portador do transtorno bipolar:</span><br />
</div><ul><li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Comprometa-se com o tratamento - discuta dúvidas com seu médico, eficácia dos estabilizadores do humor, intolerância a efeitos colaterais, etc.; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Mantenha uma rotina de sono - mudanças no sono ou redução do tempo total de sono podem desestabilizar a doença - converse com seu médico caso precise mudar o hábito de dormir; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Evite álcool e drogas - além de interagirem com algumas medicações, também agem no cérebro, aumentando o risco de desestabilização da doença; se tiver insônia ou inquietação, não se auto-medique - converse com seu médico; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Evite outras substâncias que possam causar oscilações no seu humor, como café em excesso, drinques, antigripais, antialérgicos ou analgésicos - eles podem ser o estopim de novo episódio da doença; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Enfrente os sintomas sem preconceito - discuta com seu médico sobre eles; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Se não estiver podendo trabalhar, "não queime o filme" - é mais sensato tirar uma licença, conversar com a família ou com o patrão, e se permitir convalescer; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Lembre-se: você está bem por tomar a medicação; se parar de tomá-la, mesmo após 5 ou 10 anos, os sintomas podem voltar sem prévio aviso; é preciso manter-se alerta para o aparecimento dos primeiros sinais, como insônia e irritabilidade; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Há indícios de que quanto mais crises da doença a pessoa tiver, mais ela continuará tendo, por isso, procure participar ativamente do tratamento; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Descubra seus sintomas iniciais de nova crise depressiva ou maníaca - tome nota e avise imediatamente seu médico; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Aproveite períodos de bem-estar para redescobrir como você de fato é; como são os sentimentos de tristeza, alegria, disposição e como você lida com seus problemas; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Quanto mais você conhecer a doença, melhor você poderá controlar os sintomas no período inicial; proteja-se: evite estímulos de risco em potencial como decisões importantes, relações sexuais sem preservativos, projetos ambiciosos, gastos - ponha seus planos no papel e espere para executá-los quando se reequilibrar; procure canalizar hiperatividade ou idéias negativas para atividade física ou manual; se estiver deprimido, dê-se um empurrão, pois a iniciativa está em baixa; </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Procure e aceite ajuda da família e dos amigos quando perceber que não consegue se cuidar sozinho. </span><br />
</div><br />
</li>
<li><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">É comum querer parar o tratamento, ou porque vai tudo bem, ou porque não está dando certo; procure conversar com outras pessoas com o mesmo problema, que já passaram por isso; lembre-se de como era seu sofrimento; discuta com a família se valeria a pena buscar uma segunda opinião sobre o diagnóstico e o tratamento. </span><br />
</div><br />
</li>
</ul><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Temporariamente o paciente pode ficar inapto a se tratar adequadamente. Nestas fases a intervenção amiga da família é fundamental. </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;"><br />
</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffe599;">Esperamos que estas dicas possam ajudar muitos dos leitores do Blog, portadores ou não de bipolaridade. </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #bf9000;">Copiei o texto de um outro blog:</span><br />
<span style="color: #bf9000;"> </span><a href="http://www.obipolar.com/index.php/bipolaridade-como-podemos-ajudar"><span style="color: #bf9000;">http://www.obipolar.com/index.php/bipolaridade-como-podemos-ajudar</span></a><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #bf9000;">Toda ajuda é benvinda e entender o problema é fundamental para o mesmo se resolva.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #e69138; font-size: large;">Psique!</span><br />
</div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-64640807943646540672009-10-30T13:34:00.000-07:002009-10-30T20:24:19.711-07:00Poema do amigo aprendiz<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="background-color: #f3f3f3;"></span><br />
</div><div align="center" class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnLfa3Giye_2_KIXdZPzBxMjaO460iSktgkpw9uCU5gyeLG5GzccxYny-V-aQ7gdRn2t3TkCJmlHDPc4m3cYzLbEOCuLZ_JqSbe41JJTsHBZcifG1CgtYDYWfWv4tepzlhvSVQ1EcafDVy/s1600-h/gatos007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnLfa3Giye_2_KIXdZPzBxMjaO460iSktgkpw9uCU5gyeLG5GzccxYny-V-aQ7gdRn2t3TkCJmlHDPc4m3cYzLbEOCuLZ_JqSbe41JJTsHBZcifG1CgtYDYWfWv4tepzlhvSVQ1EcafDVy/s320/gatos007.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos. </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Nem tão longe e nem tão perto. </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Na medida mais precisa que eu puder. </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Da maneira mais discreta que eu souber. </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar, </span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Sem forçar tua vontade. </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Sem falar, quando for hora de calar. </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">E sem calar, quando for hora de falar. </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Nem ausente, nem presente por demais. </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Simplesmente, calmamente, ser-te paz. </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender! </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">E por isso eu te suplico paciência. </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Vou encher este teu rosto de lembranças, </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white;">Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...</span><br />
</div><span style="background-color: black;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: #cccccc;">Fernando Pessoa</span><br />
</div><br />
<span style="background-color: black; color: yellow;">Ser amigo é uma dádiva. Ser amigo é mais que importante. Ninguém é amigo sem amar e o amor é um dom.</span><br />
<span style="background-color: black; color: orange; font-size: large;">Psiche!<br />
</span>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-7410578697335451152009-10-30T12:55:00.000-07:002009-10-30T20:23:28.435-07:00COMO É VIVER COM UM BIPOLAR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTShxElXJhaC9OH1Ajpl_jpIFXl-U3I3K_jhvO4PziQD8E05BZ9q6cNTx803Nan90xdIrbj0nP-llUmvh81LRTkflYtqN009Qg-3nlOsam6tTxgNEMg5N-tpYAnDbXDml69ByRVWFOPDkD/s1600-h/med_transtorno_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTShxElXJhaC9OH1Ajpl_jpIFXl-U3I3K_jhvO4PziQD8E05BZ9q6cNTx803Nan90xdIrbj0nP-llUmvh81LRTkflYtqN009Qg-3nlOsam6tTxgNEMg5N-tpYAnDbXDml69ByRVWFOPDkD/s320/med_transtorno_01.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="background-color: black; color: #3d85c6;"><strong><em>Somos um grupo de pessoas que vive sem apoio, mesmo porque ninguém liga para nós... Somos nós que seguramos a barra e até hoje não achei ninguém que tivesse se preocupado com isso!</em></strong></span><br />
</blockquote></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Lembro bem do prof., dr., mestre e o diabo, catedrático de uma das maiores universidades do Brasil, me dando um papel para internar meu marido... Eu chorando desesperada, perguntado para ele o que fazer e ele dizendo que eu deveria interná-lo e depois me recomendou uma amiga para eu fazer terapia...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">É assim, não há muita preocupação com a pessoa que está ao lado do doente no dia a dia... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Só nós aqui que vivemos a mesma coisa sabemos do que se trata...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Sabemos o que é viver com o "médico" e com o "monstro"...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Conhecemos o melhor e o pior lado da mesma pessoa... Sim, porque quando a pessoa está bem é maravilhoso, cativante... Apaixonante... E de uma hora para a outra está lá o ser mais maligno que alguém possa imaginar... Tendo um único objetivo na vida: atormentar-te... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">As pessoas nos elogiam dizendo que somos heroínas, achando que estão fazendo um grande favor, quando na realidade o efeito é o inverso, eles ficam furiosos, aí nos atormentam mais - como se fosse para se vingar do elogio que recebemos.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nosso sucesso - seja em que nível for, até no profissional - nossa alegria, nossa felicidade parece que faz mal ao outro. Ele tem um imenso prazer de nos dizer o quanto não somos nada, que lixo nós somos e apesar de tudo, continuam junto conosco, quanta contradição!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Quem pode aguentar isso? Quem pode entender isso?</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">As pessoas que vêem a situação de fora, não conseguem saber por que aguentamos tantas humilhações e continuamos lá...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">E além de tudo tem o preconceito que TODAS as doenças da mente tem. Então tem gente que deve achar que é contagioso e se afasta e isso não é nada, pelo menos foi embora e não atrapalhou. Tem os outros que ficam por perto para saber detalhes e poder ter assunto... Já pensaram o que uma crise deve render de fofocas na família? </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">E todo mundo dizendo que nós somos coitadinhas, burras, como podemos aguentar tudo isso?</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Eu imagino as coisas que já devem ter falado de mim...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">E não adianta tentar esconder, mesmo porque o outro faz questão que tudo se torne público, quanto mais público melhor...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">E não dá para disfarçar que tudo está bem, vocês já notaram o prazer que eles sentem em te chamar a atenção na frente dos outros?</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Quanto mais platéia, melhor.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">No entanto vem a incoerência, eles não se sentem felizes em nos humilhar... O prazer que eles sentem é efêmero e pior, esquecem rapidamente e acham que não fizeram nada de mais. </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Ficamos perdidas porque o pensamento deles é coerente, tem começo, meio e fim e qualquer pessoa desavisada acha que é isso mesmo.</span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="color: orange;">O DIVÓRCIO</span></strong><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Em todas as crises, em TODAS mesmo, teremos que conviver com o pedido ou a ameaça de separação e, por mais que façamos, vai ficando cada vez pior... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Crise passada, assunto esquecido, como se nada houvesse acontecido. Não se fala mais do assunto e acabou. E nesse ponto acho que somos estúpidas mesmo, deveríamos, depois da crise, cobrar, mas vou tratar desse assunto depois...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Noto que a separação é pedida com o objetivo, primeiro é claro de nos humilhar, e em segundo lugar de nos desautorizar.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Já vivi a humilhação de ligar para o banco para resolver um problema e a gerente veio com uma conversa mole de que não me atenderia porque meu marido tinha estado lá dizendo que iria se separar de mim.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Como sou neta de italianos, vocês acham que isso ficou barato?</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Não, né? Comecei perguntando em nome de quem estava a conta? No dele e no meu, é claro... Em seguida expliquei, não tão gentilmente, que se a conta era minha que autoridade ela tinha para se negar a me atender? Disse que ligaria na diretoria do banco e bati o telefone na cara dela...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Depois fiquei sabendo que ela tinha ficado "interessada" no provável solteiro que estaria à disposição... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
<strong><span style="color: orange;">SUPERLATIVO</span></strong><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">De repente percebemos que a pessoa que amamos está estranha, com muita disposição, agilidade, pensamentos criativos...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">No começo é ótimo, até o desempenho sexual fica melhor. E nessa primeira fase eles são ótimos, carinhosos, atenciosos. Querem dar presentes, te elogiam...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Lindo! Não fosse o anúncio que sua vida vai se tornar um horror...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">A fase "maravilha" dura pouco, no máximo 1 semana e eu diria que a partir do 3º dia já começam a aparecer as agressões meio disfarçadas em meio aos elogios, tipo: põe aquela roupa porque esta não está muito bem em você, estou te trazendo esse presente e você está reclamando, você nunca está satisfeita (lógico o presente é uma coisa que você não precisa e que provavelmente não poderá pagar)...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Começaram as inconsequências... Entramos na fase SUPERLATIVA...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Tudo é máximo, inclusive a paciência deles. Ela acaba rapidinho, tem que ser tudo na hora, no instante e ainda é comum a pessoa virar para você e dizer "você não tem paciência, me deixa agitado, calma"...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Sim, sim... Já fui acusada muitas vezes que SOU EU quem está deixando ele agitado. Ele fala isso para as pessoas e quem não conhece, acredita...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nessa fase a pessoa que conhecemos está indo embora, com raros momentos de sanidade onde ainda percebemos um restinho de bom senso... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nossa vida já virou de pernas para o ar...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">A partir de agora se falar é porque falou, se não falar é porque não falou, ou talvez porque PENSOU...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Sim somos acusadas até de PENSAR, tipo: você não disse, mas eu te conheço, você pensou e dá-lhe agressão...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nesse momento não temos nada para fazer, porque qualquer coisa será motivo para brigas...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Já tentei de tudo, - encarar, ficar quieta, desaparecer (fiquei 4 dias em um flat), concordar - nada, NADA MESMO, adiantou...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Quando sumi por 4 dias melhorou um pouco, mas logo voltou ao "normal".</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Qualquer coisa que você diga ou faça, ou não diga e nem faça, será distorcido... É impressionante a capacidade de distorcer a realidade que eles adquirem... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
<strong><span style="color: orange;">SUPER-HOMEM</span></strong><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">E a realidade sempre será distorcida em causa própria, deles, é claro...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Tudo o que eles fazem em 20 horas por dia - porque nessa fase se dormirem 4 horas, dormiram muito - será para nos tirar a paz...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nem nas 3 ou 4 horas que eles dormem temos paz, porque temos que chorar... </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Tem também a mania de perseguição, eles passam a escutar atrás das portas, a ler seus e-mails, só querem saber se você está se atrevendo a usar o santo nome deles em vão...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Temos conosco O TODO PODEROSO, O DONO DO MUNDO, O SUPER-HOMEM, com a vantagem de que nem a ‘criptonita’ afeta nosso super-herói!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nessa fase, que eu apelidei de "olho do furacão" não sabemos mais o que fazer, ou para que lado correr...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">É nessa fase que muitas pessoas chegam aqui na comunidade...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Nessa fase PODE TUDO, pode gastar, pode correr com o carro a que velocidade quiser, pode conversar com todo mundo (contando coisas que não deveria), pode arrumar "namorada", pode pedir o divórcio, pode beber, não precisa comer, não precisa dormir, pode sair e voltar a hora que quiser, não precisa dar satisfação, não precisa de medicamentos, e médico NEM PENSAR, eu NÃO ESTOU DOENTE, então, pode, pode, pode... PODE TUDO...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Depois de algum tempo, existe a consciência de que se está em crise, mas na primeira ou segunda rejeita-se totalmente a possibilidade de doença.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">É interessante você perceber que a pessoa só tem olhos para si mesma, tornou-se o centro do universo. </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Essa fase, sem medicação adequada, poderá durar semanas ou mesmo meses...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Em alguns momentos, você tem a impressão que a pessoa "voltou", às vezes dura horas e até dias e de repente, ela se "vai" de novo...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">E mesmo quando a pessoa tem a consciência que não está equilibrada, ela não consegue controlar o PODER que sente...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6fa8dc;">Entende que saiu do "centro", mas não consegue controlar.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: yellow;"><span style="color: #6fa8dc;">Autor: PRI - 17/10/06</span> </span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: orange;"><strong>Esse é o relato de uma esposa que tem suportado dignamente e com lucidez uma pessoa com essa doença e que não está se tratando adequadamente. Vale ressaltar que o BP, se tratado corretamente e com a medicação correta, consegue viver uma vida praticamente normal. Há sempre limitações, como há em um portador de diabetes. Tudo vai depender da resposta ao tratamento.</strong></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: orange;"><strong>Meu conselho: ame, lute e se cuide também. O portador de TBH precisa de ajuda, amor e principalmente respeito. E quanto a se cuidar, entenda como conhecer o seu limite, você muitas vezes vai viver como o bipolar, sem o ser. O seu humor vai se confundir com o dele e é difícil uma pessoa com o humor estabilizado sofrer com a oscilações de seu parceiro ou amigo. Você também precisa de apoio e orientação. Siga em frente com a certeza de que vale a pena.</strong></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: orange; font-size: large;"><strong>Psiche!</strong></span></em><br />
</div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com459tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-70788561390346669042009-10-28T23:36:00.000-07:002015-09-11T08:35:59.104-07:00Tratamento pelo Lítio<div align="justify">
<span style="color: #cccccc;">Este texto foi escrito para ajudá-lo a beneficiar por completo da terapia pelo Lítio, comercializado em Portugal na forma de Carbonato de Lítio (Priadel).<br /><br />Apesar de responder a muitas perguntas que os doentes terão feito ao seu médico acerca do tratamento pelo Lítio, não significa isso que se substitua ao seu conselho, mas sim completá-lo-á.<br /><br />O doente poderá ter dúvidas acerca de quaisquer aspectos da sua doença ou do seu tratamento, sendo aconselhável contactar o seu médico sem demora. As necessidades individuais dos doentes variam. Deste modo, algumas respostas podem diferir ligeiramente das dadas pelo seu médico.<br /><br />O QUE É O LÍTIO?<br /><br />O Lítio é um elemento mineral que ocorre na natureza.<br /><br />Os comprimidos são fabricados por um processo especial sob a forma de carbonato o que assegura a libertação a níveis controlados do lítio no sangue, durante um período de 24 horas. Isto significa que o doente pode tomar o Lítio uma a duas vezes por dia.<br /><br />COMO ME PODERÃO AJUDAR OS COMPRIMIDOS DE LÍTIO?<br /><br />Muitos anos de pesquisa cuidadosa e uso clínico extenso demonstraram que o Lítio, quando tomado na dose correcta, normaliza a vida do doente.<br /><br />O medicamento ajudá-lo-á a evitar as recaídas das depressões ou da fase de euforia.<br /><br />COMO FUNCIONA O LÍTIO?<br /><br />É complexo, intervindo no Sistema Nervoso Central com uma acção estabilizadora do humor.<br /><br />QUAL A RAPIDEZ COM QUE O LÍTIO FUNCIONA?<br /><br />Varia de doente para doente e depende da fase da doença. Em alguns tipos de crise podem ser obtidos resultados no pequeno espaço de 7 a 14 dias. Por outro lado, se o médico está a tratar o doente com Lítio para evitar a recorrência da doença, podem ser necessários 6 a 12 meses, antes de se conseguir uma eficácia completa.<br /><br />DURANTE QUANTO TEMPO SE TOMA O LÍTIO?<br /><br />Na maioria dos doentes o Lítio é usado tanto para tratar a doença como para evitar a sua recorrência.<br /><br />Assim, e tal como o médico recomendará, deverá temar Lítio durante um longo período.<br /><br />O QUE ACONTECERÁ SE O DOENTE PARAR DE TOMAR LÍTIO?<br /><br />Em muitos casos ocorrerá uma situação de doença.<br /><br />O doente só poderá parar o tatamento a conselho do médico.<br /><br />QUAL A FREQUÊNCIA COM QUE NECESSITA DE TOMAR LÍTIO?<br /><br />Numa dose única, ou em duas doses diárias, numa média de 1 a 4 comprimidos por dia.<br /><br />TERÁ O DOENTE DE TOMAR SEMPRE O MESMO NÚMERO DE COMPRIMIDOS DE LÍTIO POR DIA?<br /><br />De tempos a tempos, e por variadas razões, o médico pode decidir alterar a dose diária de Lítio entre meio e um comprimido por dia.<br /><br />PODE ESMAGAR OU DISSOLVER O LÍTIO CASO TENHA DIFICULDADES EM ENGOLIR?<br /><br />Não. Os comprimidos de Lítio podem ser engolidos com água ou então com uma bebida fria. Nunca esmagar, mastigar ou dissolver, dado que estas acções destruirão a sua composição especial. Se a sua dose diária é, por exemplo, dois comprimidos e meio, é perfeitamente adequado para o doente dividir o comprimido. Cada comprimido tem uma ranhura, para auxiliar o doente a dividir o comprimido adequadamente.<br /><br />O QUE DEVERÁ FAZER CASO SE ESQUEÇA DE TOMAR A DOSE DIÁRIA DE LÍTIO?<br /><br />Deve tomar a sua dose normal na altura devida no dia seguinte. Não tomar uma dose dupla.<br /><br />O QUE DEVERÁ FAZER CASO SE ESQUEÇA DE TOMAR UM CERTO NÚMERO DE DOSES DE LÍTIO?<br /><br />Caso se esqueça de tomar várias doses de Lítio, é aconselhável reiniciar, tomando a sua dose normal diária, na altura habitual, no dia em que se lembra. Se nos dias seguintes, se tem de deslocar ao médico para fazer a análise de doseamento de Lítio no sangue, é importante que lhe fale acerca das doses omitidas.<br /><br />QUAL A FINALIDADE DAS COLHEITAS DE SANGUE?<br /><br />Se está a obter benefício com o Lítio, deverá manter um certo nível de Lítio no sangue. De modo diferente da maioria dos medicamentos o nível sanguíneo do produto activo é facilmente determinado. O nível que dá os melhores resultados varia de doente para doente. Depois do médico ter estabelecido o melhor nível para o doente, as colheitas de sangue regulares rapidamente detectam qualquer alteração, permitindo ao médico ajustar a dose de comprimidos adequadamente.<br /><br />QUAL A FREQUÊNCIA COM QUE TERÁ DE FAZER A ANÁLISE DE SANGUE?<br /><br />A primeira análise é em geral efectuada 4 a 5 dias após o doente ter iniciado o Lítio, e então em intervalos regulares até estabilizar o tratamento.<br /><br />Deverá fazer-se então um controle periódico.<br /><br />PODE TOMAR O LÍTIO SEM EFECTUAR TESTES DE SANGUE?<br /><br />Não.<br /><br />DEVE-SE FAZER O TESTE DE SANGUE NA MESMA ALTURA DO DIA?<br /><br />É melhor fazer o teste de sangue na mesma altura do dia. Por razões práticas nem sempre é possível.<br /><br />Nesse caso, deixar sempre um intervalo de 12 horas entre a última dose de Lítio e a altura da colheita. Assegurar-se se o médico tem conhecimento deste intervalo.<br /><br />PODE O LÍTIO TER EFEITOS SECUNDÁRIOS?<br /><br />Os medicamentos mais potentes produzem efeitos secundários num pequeno número de doentes, e, no caso do Lítio, eles podem ocorrer em fases precoces do tratamento quando os níveis se estão a estabilizar, ou, mais tarde, após ficarem estabilizados. Crises de vómitos, diarreia, sonolência, ou volumes aumentados de urina, são motivos para consultar o seu médico, o qual decidirá o tipo de acção a ser tomada. A maioria das pessoas tomam o Lítio sem qualquer interferência de efeitos secundários.<br /><br />EXISTEM DOENTES QUE NÃO DEVERÃO TOMAR O LÍTIO?<br /><br />Sim. Eles formam uma pequena minoria, bem conhecida do médico.<br /><br />Podem, quaisquer das das doenças com febre, a gripe, as gastroentrites e as infecções urinárias podem alterar a quantidade de Lítio que circula no organismo. Caso o doente desenvolva quaisquer destas infecções, diarreias, náuseas, vómitos ou um tremor intenso, deverá informar o médico imediatamente. O doente deve dizer ao médico que está a ser tratado com Lítio, no caso deste o desconhecer.<br /><br />PODEM-SE TOMAR OUTROS MEDICAMENTOS DURANTE O TRATAMENTO COM LÍTIO?<br /><br />Sim, mas sempre com controle médico.<br /><br />PODE-SE CONDUZIR OU TRABALHAR COM MÁQUINAS ENQUANTO TOMA LÍTIO?<br /><br />Sim.<br /><br />É NECESSÁRIA UMA DIETA ESPECIAL ENQUANTO SE TOMA LÍTIO?<br /><br />Não são necessárias nenhumas restrições dietéticas, mas o doente deverá ter refeições regulares e manter a ingestão normal de sais e líquidos. Deverá consultar o seu médico antes de tomar medicamentos, ou começar qualquer dieta de emagrecimento. Um pequeno número de doentes aumentam de peso enquanto tomam LÍTIO. Caso tenha um aumento de sede, deve beber água ou bebidas não açucaradas.<br /><br />PODE-SE BEBER ÁLCOOL, ENQUANTO TOMA LÍTIO?<br /><br />A ingestão de álcool em excesso aumenta a perda de água e sal no organismo e ambas as perdas podem ter efeitos prejudiciais no tratamento com LÍTIO. É melhor aconselhar-se sobre este assunto junto do seu médico.<br /><br />AFECTARÁ O LÍTIO A VIDA SEXUAL?<br /><br />Não.<br /><br />DEVERÁ O DOENTE PARAR O LÍTIO CASO DESEJE TER UM FILHO?<br /><br />Sim, após prévio aconselhamento médico.<br /><br />SE UMA DOENTE ENGRAVIDA E ESTIVER A TOMAR LÍTIO, O QUE DEVE FAZER?<br /><br />Parar imediatamente de tomar os seus comprimidos. Deve informar o médico caso pense que está grávida e aconselhar-se junto dele.<br /><br />PODE AMAMENTAR O SEU BEBÊ ENQUANTO TOMA LÍTIO?<br /><br />Não. A amamentação normalmente não é aconselhada, dado que algum LÍTIO pode estar presente no leite da mãe, e o médico em geral recomendará que o seu filho seja alimentado artificialmente.<br /><br />CASO TENHA UM ACIDENTE OU OUTRA URGÊNCIA MÉDICA, ATÉ QUE PONTO É IMPORTANTE QUE OS MÉDICOS SAIBAM QUE TOMA O LÍTIO?<br /><br />Os médicos que trabalham nas urgências são bastante ajudados pelo conhecimento dos medicamentos que o doente toma regularmente, sendo útil que este seja portador da indicação dos medicamentos que toma.<br /><br />O QUE DEVE FAZER CASO COMECE A SENTIR ALTERAÇÕES DO HUMOR (EUFÓRICAS OU DEPRESSIVAS) MESMO TOMANDO O LÍTIO?<br /><br />Se a alteração persiste durante 2 dias, deverá ir ao médico. Pode ser necessário modificar a dose de LÍTIO.<br /><br />DEVERÁ O DOENTE IR AO MÉDICO, MESMO QUANDO SE SENTE BEM?<br /><br />Sim, para uma avaliação periódica em consulta médica.</span><br />
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<span style="color: #ff9900;">Psiche!</span> </div>
Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-43774163603319588542009-10-28T23:35:00.001-07:002009-10-29T05:27:17.177-07:00Como evolui?<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheOPuNZDoEhF7MMB07lTGDBDmgI2bkUbPBGp6CSe_jff_8kQQzj-rAxtG2jTpoHTWd6arwUnfbchkTuHrln09s6TcztcR51g2En6Wk1yjRFkCxmMUY3EH_uSmsuyvhDL58JrnGGiJTB1rO/s1600-h/bipolar.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 206px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397997369161094706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheOPuNZDoEhF7MMB07lTGDBDmgI2bkUbPBGp6CSe_jff_8kQQzj-rAxtG2jTpoHTWd6arwUnfbchkTuHrln09s6TcztcR51g2En6Wk1yjRFkCxmMUY3EH_uSmsuyvhDL58JrnGGiJTB1rO/s320/bipolar.jpg" /></a><span style="color:#cccccc;">De que tipos de crises (acessos ou fases) sofrem as pessoas com Doença Bipolar? Com que frequência voltam a ter recorrências, a sofrer novas crises? Algumas pessoas têm um número igual de crises de euforia ou excitação irritável (mania) e de depressão. Outras têm principalmente crises de um tipo, de depressão ou de euforia. Em média, uma pessoa que sofre de Doença Bipolar tem quatro crises durante os primeiros 10 anos da doença. Embora possa haver um intervalo de anos entre duas ou três primeiras crises, a sua frequência é maior se não se fizer o tratamento estabilizador apropriado. As crises podem corresponder às mudanças de estação em padrões variáveis, no "rebentar" e no "cair" da folha, no Inverno e no Verão. Algumas pessoas têm crises frequentes ao longo do ano, por vezes, mesmo, ciclos ininterruptos de euforia e depressão. As primeiras crises podem ser desencadeadas por factores emocionais ou stress, mas à medida que a doença evolui, se a pessoa não fizer o tratamento estabilizador (preventivo), as crises podem surgir com maior frequência e sem factores precipitantes dignos de relevo.<br /><br />As crises podem durar dias, meses ou mesmo anos. Em média, sem tratamento, as fases de mania e hipomania (euforia leve) duraram poucos meses, enquanto as depressões arrastam-se muitas vezes por mais de seis meses. Há designações especiais para cada forma de evolução da Doença Bipolar:<br /><br />Bipolar I<br /><br />A pessoa sofre crises de mania ou crises mistas(sintomas de depressão e mania misturados) e, quase sempre, também tem fases depressivas. As crises voltam a repetir-se excepto se fizer o tratamento preventivo.<br /><br />Bipolar II<br /><br />A pessoa tem crises depressivas graves e fases leves de elevação do humor (hipomania). As crises de elevação do humor podem não ser identificadas ou referidas porque o doente se sente "acima do normal" com muita energia e alegria, sem perturbações óbvias. Se o tratamento for só para a depressão, com uma medicação exclusivamente com antidepressivos, não se verifica uma estabilização, podendo surgir crises frequentes e uma viragem do humor.<br /><br />Ciclos Rápidos<br /><br />A pessoa tem pelo menos quatro crises por ano, em qualquer combinação de fases de mania, hipomania, mistas e depressivas. Corresponde a uma evolução que atinge entre 5 e 15% dos doentes com Doença Bipolar. Pode, em alguns casos, resultar de uma terapêutica demasiado intensiva e prolongada com antidepressivos, em vez da adequada terapêutica de estabilização do humor.<br /><br />COMO SE TRATA A DOENÇA BIPOLAR?<br /><br />Naturalmente, as indicações que aqui ficam são as essenciais para o reconhecimento da doença pelo doente e os familiares, mas não devem levar a minimizar o papel do médico psiquiatra, elemento chave no tratamento. Pelo contrário, o melhor conhecimento e reconhecimento da doença e dos aspectos gerais do tratamento visa permitir uma colaboração mais activa entre todos, doente, família, médico psiquiatra, médico de família e outros técnicos de saúde (enfermeiro, psicólogo, técnico de serviço social).<br /><br />No tratamento da Doença Bipolar há que ter em conta, por um lado, as fases agudas e, por outro, a estratégia de prevenção das crises. Quando o doente sofre uma crise de depressão, de mania, hipomania, ou mista, precisa de ser tratado na fase aguda com a terapêutica apropriada antidepressiva, anti-maníaca ou antipsicótica, sendo necessária, em muitos casos, a hospitalização no período crítico. Depois de tratada a fase aguda e na continuidade do seu tratamento, inicia-se a terapêutica preventiva das crises para evitar que voltem a ocorrer. Para que o tratamento seja eficaz é necessária uma medicação (tanto para a fase aguda como para a estabilização da doença), acompanhada de uma educação do doente e dos familiares (sobre a doença, os medicamentos, a necessidade de aderir ao tratamento, modificação de hábitos nocivos). Pode ser benéfico um apoio psicológico para o doente e seus familiares (como lidar com os problemas e o stress, etc).<br /><br />A MEDICAÇÃO?<br /><br />Os medicamentos mais importantes no tratamento dos sintomas da Doença Bipolar são os estabilizadores do humor e os antidepressivos. Mas o médico pode ter necessidade de receitar outros medicamentos, como os antipsicóticos, os ansioliticos e os hipnóticos. Para a prevenção das crises e a estabilização da doença são essenciais os medicamentos designados, com toda a propriedade, estabilizadores do humor. É importante agora dar algumas informações sobre estes últimos medicamentos.<br /><br />O QUE SÃO E QUAIS SÃO OS ESTABILIZADORES DE HUMOR?<br /><br />Os medicamentos estabilizadores do humor são a base essencial da terapêutica preventiva das fases depressivas e eufóricas da Doença Bipolar. A sua descoberta e utilização revolucionou o tratamento da doença, permitindo a muitas pessoas o controle da Perturbação Bipolar através de uma prevenção das crises. A par desta acção terapêutica essencial, os estabilizadores do humor também são utilizados para o tratamento das crises de mania, hipomania e estados mistos e podem atenuar os sintomas de depressão.<br /><br />Há, presentemente, três estabilizadores do humor comprovadamente eficazes:<br /><br />•O Lítio, comercializado, em Portugal, no medicamento Priadel;<br />•O Valproato, comercializado nos medicamentos Diplexil R e Depakine;<br />•A Carbamazepina (Tegretol).<br />Cada um destes três estabilizadores do humor tem diferentes acções químicas no organismo. Se um não for eficaz no tratamento ou tiver efeitos adversos persistentes o médico tem a possibilidade de escolher outro, ou de combinar dois em doses que permitam uma melhor tolerância e eficácia. Há análises para determinar o nível sanguíneo dos três estabilizadores do humor, permitindo o controle correcto da dose em cada doente.<br /><br />Prevenção, eis a palavra-chave. Os estabilizadores do humor (lítio, valproato, carbamazepina) são a base de prevenção. Cerca de um terço das pessoas com Doença Bipolar ficam completamente livres de sintomas com a manutenção estabilizadora apropriada. A maioria das pessoas beneficia de uma grande redução no número e na gravidade das crises. O médico poderá ter de fazer um acerto da medicação ou uma outra combinação terapêutica caso se continuem a verificar crises de mania ou depressão. Caso a medicação não seja 100% eficaz, não fique desencorajado: a informação rápida do médico sobre sintomas de instabilidade é essencial para um ajustamento terapêutico que previna a eclosão de uma crise. O doente nunca deve recear informar o médico sobre quaisquer mudanças de sintomas, pois dessa informação precoce depende o controle da doença. Se sentir mudanças no sono, na energia (aumento ou diminuição), no humor (alegria excessiva, irritabilidade ou tristeza) e no seu comportamento e relações com pessoas, será melhor contactar com o médico sem demora.<br /><br />A manutenção da medicação é outro aspecto essencial. Os medicamentos controlam, mas não curam a Doença Bipolar. Ao parar a medicação estabilizadora, mesmo depois de muitos anos sem crises, há um sério risco de uma recaída passadas algumas semanas ou meses. E, em alguns doentes, a retoma da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores. A decisão de interromper a medicação caberá ao médico, em função de circunstância que a tal aconselham, como é o caso de uma gravidez.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Psiche!</span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-56093037361371035142009-10-28T23:30:00.000-07:002009-10-29T05:20:39.269-07:00Como lidar com as crises<div align="justify"><span style="color:#cccccc;">Há importantes factores a ter em conta:<br /><br />•O reconhecimento precoce dos sinais de crise;<br />•Saber o que fazer quando a pessoa começa a sentir-se em crise.<br /><br />Um “alto” ou um episódio de elevação do humor (mania/hipomania) afecta cada pessoa em velocidades variadas. Se exceptuarmos os casos de início muito rápido, é possível para as pessoas com Doença Bipolar (maníaco-depressiva) aprender a reconhecer os sinais de crise para agir de forma a reduzir a gravidade e impacto da crise. Se passar pela hipomania antes de entrar na verdadeira mania, tem uma grande vantagem pois este período de leve elevação do humor possibilita-lhe a adopção de estratégias de prevenção adequadas.<br /><br />Reduzir os efeitos de um ponto alto<br /><br />De uma forma geral aplicam-se os mesmos conselhos a situações de hipomania e de mania.<br /><br />Estratégia de antecipação<br /><br />Mantenha-se em contacto com o seu médico. Se aprendeu a reconhecer os sinais de crise pode discutir com ele os benefícios de uma automedicação de prevenção de crise e guardar uma reserva de medicamentos para este propósito (seguindo a indicação médica!).<br />Considere a hipótese de estabelecer um contrato com os seus amigos e familiares mais próximos acerca do que poderão fazer se acharem que está a entrar em crise.<br />Combine, para essa fase, entregar a algum deles o seu cartão de crédito e o livro de cheques.<br />Se tem a tendência de fazer grandes despesas em telefonemas, este problema deve ser discutido quando se encontra estável.<br /><br />Se começar a entrar em euforia:<br /><br />Consulte o seu médico o mais depressa possível para um ajustamento na medicação. Veja se deve parar algum medicamento antidepressivo que pode estar a precipitar ou a agravar a crise. Se já está a tomar um neuroléptico (antipsicótico), pode haver a necessidade de aumentar a respectiva dose. Se não estiver a tomar, poderá carecer dessa medicação, acrescentada à sua medicação de estabilização habitual com o Lítio, o Divalproato, a Carbamazepina, a Lamotrigina e a Olanzapina.<br />Evite situações que o possam excitar e criar-lhe problemas ou complicações, como saídas, festas, reuniões, contactos com muitas pessoas, trabalho. Canalize a sua energia para actividades mais tranquilas, que não estimulem e excitem, como escrever, pintar ou praticar exercício físico (com moderação).<br />Apesar de não ter vontade de descansar, necessita de o fazer. Pequenos períodos de repouso são muito positivos.<br /><br />•Escute os que lhe estão próximos – pergunte-lhes como o acham;<br />•Não se esqueça de comer;<br />•Obtenha ajuda quando necessita, para ir às compras, por exemplo;<br />•Planeie o seu dia com o mínimo de actividades, e não ceda à tentação de acrescentar demasiadas tarefas;<br />•Evite o café, o chá ou a coca-cola, pois são estimulantes;<br />•Evite o álcool;<br />•Não conduza.<br /><br />Se a sua hiperactividade mental lhe produz dificuldades de concentração, faça uma lista das questões essenciais a não esquecer.<br />Certifique-se que as pessoas da sua lista de apoio sabem que está “acelerado” e que pode precisar de ajuda. Recorde-se de que falar durante longos períodos vai desgastá-lo a si, aos seus amigos, familiares e contactos profissionais. Uma nota escrita permite-lhe concentrar-se no essencial a dizer à pessoas. Decidir limitar previamente o tempo de uma conversa pode ser também útil.<br />Se está cheio de ideias brilhantes, passe-as a escrito. Verifique a lista depois de estar estabilizado e decida quais as que fazem ainda sentido.<br /><br />Sinais para ficar em alerta, quando se está em subida<br /><br />•Aumento de actividade física como, por exemplo, as suas tarefas estarem todas feitas às 7h da manhã.<br />•Mente hiperactiva, com aumento de intensidade de pensamentos ou emoções e uma maior rapidez verbal.<br />•Dormir menos, acordando muito cedo, cheio de energia ou deitando-se muito tarde, sem saber quando parar.<br />•Sentimentos de alegria, felicidade e excitação. Em algumas pessoas podem acompanhar-se de irritabilidade, medo, desconfiança ou paranóia (sentir que os outros estão contra si, o perseguem).<br />•Sensações de vivência em uníssono com todas as pessoas, o mundo, e o universo.<br />•Constante pressa com múltiplas tarefas ao mesmo tempo, sem conseguir terminar nenhuma.<br />•Falar tão depressa que os outros não o conseguem acompanhar. Interrupção total ou quase total do discurso dos outros.<br />•Manutenção de longas conversas, frequentemente divertidas e profundas, mesmo com estranhos. Passar horas ao telefone.<br />•Esquecer-se de comer, por estar muito ocupado.<br />•Subitamente tem muitas coisas para fazer, muitas pessoas para ver, muitos sítios onde ir, muitas ideias e planos, possivelmente acompanhados de esquemas ambiciosos para “fazer milhões” ou “salvar o mundo”.<br />•Fazer coisas estranhas ao seu carácter, por exemplo, gastar muito dinheiro e agir de modo destravado no plano sexual.<br /><br />Factores importantes a não esquecer sobre mania e hipomania<br /><br />O estado psíquico é muitas vezes agradável, tão intensamente, que há grande relutância em reconhecer que se possa estar doente. Na fase de hipomania a pessoa sente-se muito bem, activa, produtiva, de tal modo que é difícil aceitar que está em evolução uma crise e que são necessárias medidas terapêuticas.<br />Pode reconhecer que está hipomaníaco, mas subestimar a gravidade da situação. Pode sentir-se confiante em que “desta” vez não vai cair numa crise grave de Mania. Devido ao seu estado psíquico pode não se importar em entrar em Mania.<br /><br />Porque se tem de tomar medidas quando se está em hipomania?<br /><br />As consequências para a sua vida e para as relações com as outras pessoas, como resultado dos seus actos na fase mais alta, ou mesmo, apenas em hipomania, podem ser dramáticas e muito prejudiciais. A euforia de uma fase de hipomania pode impedir uma consciencialização desses riscos.<br />A não ser que se tomem medidas adequadas, a crise pode evoluir para uma fase de Mania grave.<br />A viragem para a depressão segue-se muitas vezes à fase de Mania e é muitas vezes pior após uma fase grave de elevação.<br /><br />LEIA COM ATENÇÃO, REPITA A LEITURA, DIALOGUE COM O MÉDICO, O ENFERMEIRO OU OUTRO TÉCNICO DE SAÚDE MENTAL, OUÇA A OPINIÃO E OS CONSELHOS DOS AMIGOS E DOS PRÓXIMOS OU CONTACTE A ADEB </span><br /><span style="color:#cccccc;"></span><br /><span style="color:#ff9900;">Psiche!</span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-65914735831661252662009-10-28T23:21:00.000-07:002009-10-29T05:20:17.521-07:00O que é a doença bipolar e outras considerações<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK4-MxVLJf1gIJi5I5h0TPG5FhtqsRdv4aFXusf44XluLY9z6wAFcBGDRKgrc-BlG5d1rHSdTRnORR00oo8THU8ARIlvrezqx2FGYBvhpgSebYLRXn_6tUdN4zQ_wU-4aEqqSiGVDTbSi_/s1600-h/esquizofrenia.jpg"><span style="color:#cccccc;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 255px; FLOAT: left; HEIGHT: 297px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397904330044539954" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK4-MxVLJf1gIJi5I5h0TPG5FhtqsRdv4aFXusf44XluLY9z6wAFcBGDRKgrc-BlG5d1rHSdTRnORR00oo8THU8ARIlvrezqx2FGYBvhpgSebYLRXn_6tUdN4zQ_wU-4aEqqSiGVDTbSi_/s400/esquizofrenia.jpg" /></span></a><span style="color:#cccccc;"> 1 - O QUE É A DOENÇA BIPOLAR?<br />(Doença Maníaco-Depressiva)<br /><br />A Doença Bipolar, tradicionalmente designada Doença Maníaco-Depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e «mania». Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves.<br />As viragens do humor, num sentido ou noutro têm importante repercussão nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa, com uma perda importante da saúde e da autonomia da personalidade.<br /><br /><br />2 - QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA BIPOLAR?<br />(Definem-se os que caracterizam cada tipo de crise)<br /><br /><br />MANIA<br /><br />O principal sintoma de «MANIA» é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. Com a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir alguns ou todos os seguintes sintomas:<br /><br />•Irritabilidade extrema; a pessoa torna-se exigente e zanga-se quando os outros não acatam os seus desejos e vontades;<br />•Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, os pensamentos aceleram-se, a fala é muito rápida, com mudanças frequentes de assunto;<br />•Reacção excessiva a estímulos, interpretação errada de acontecimentos, irritação com pequenas coisas, levando a mal comentários banais;<br />•Aumento de interesse em diversas actividades, despesas excessivas, dívidas e ofertas exageradas;<br />•Grandiosidade, aumento do amor próprio. A pessoa, pode sentir-se melhor e mais poderosa do que toda gente;<br />•Energia excessiva, possibilitando uma hiperactividade ininterrupta;<br />•Diminuição da necessidade de dormir;<br />•Aumento da vontade sexual, comportamento desinibido com escolhas inadequadas;<br />•Incapacidade em reconhecer a doença, tendência a recusar o tratamento e a culpar os outros pelo que corre mal;<br />•Perda da noção da realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes»;<br />•Abuso de álcool e de substâncias.<br /><br /><br /><br />DEPRESSÃO<br /><br />O principal sintoma é um estado de humor de tristeza e desespero.<br /><br />Em função da gravidade da depressão, podem sentir-se alguns ou muitos dos seguintes sintomas:<br /><br />•Preocupação com fracassos ou incapacidades e perda da auto-estima. Pode ficar-se obcecado com pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los;<br />•Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa excessiva;<br />•Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e em tomar decisões;<br />•Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos;<br />•Preocupação excessiva com queixas físicas, como por exemplo a obstipação;<br />•Agitação, inquietação, sem conseguir estar sossegado ou perda de energia, cansaço, inacção total;<br />•Alterações do apetite e do peso;<br />•Alterações do sono: insónia ou sono a mais;<br />•Diminuição do desejo sexual;<br />•Choro fácil ou vontade de chorar sem ser capaz;<br />•Ideias de morte e de suicídio; tentativas de suicídio;<br />•Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substancias;<br />•Perda da noção de realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes» com conteúdo negativo e depreciativo;<br /><br />Por vezes o/a doente tem, durante a mesma crise, sintomas de depressão e de «mania», o que corresponde às crises MISTAS.<br /><br /><br />3 - QUANTO TEMPO DURA UMA CRISE?<br /><br />Varia muito. A pessoa pode estar em fase maníaca ou depressiva durante alguns dias, ou durante vários meses. Os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos. O tratamento adequado encurta a duração das crises e pode preveni-las.<br /><br /><br />4 - É POSSÍVEL PREVER AS CRISES?<br /><br />Para algumas pessoas, sim. Umas terão uma ou duas crises durante toda a vida, outras pessoas recaem repetidas vezes em certas alturas do ano (caso não estejam tratadas!). Há doentes que têm mais do que 4 crises por ano (CICLOS RÁPIDOS).<br /><br /><br />5 - EM QUE IDADE SURGE A DOENÇA?<br /><br />Pode começar em qualquer altura, durante ou depois da adolescência.<br /><br />6 - QUANTAS PESSOAS SOFREM DA DOENÇA BIPOLAR (Maníaco-Depressiva)?<br /><br />Aproximadamente 1% da população sofrem da doença, numa percentagem idêntica em ambos os sexos.<br /><br /><br />7 - QUAL A CAUSA DA DOENÇA?<br /><br />Há vários factores que predispõem para a doença, mas o seu conhecimento ainda é incompleto.<br />Os factores genéticos e biológicos (na química do cérebro) têm um papel essencial entre as causas da doença, mas o tipo de personalidade e os stresses que a pessoa enfrenta desempenham também um papel relevante no desencadeamento das crises.<br /><br /><br />8 - DEPOIS DE UMA CRISE DE DEPRESSÃO OU MANIA<br />VOLTA-SE AO NORMAL?<br /><br />Em geral, sim. No entanto, devido às consequências dramáticas que as crises podem ter, no plano social, familiar e individual, a vida da pessoa complica-se e perturba-se muito, restringindo de forma marcante a sua capacidade de adaptação e autonomia.<br />O tratamento adequado para a prevenção das crises (se são graves e/ou frequentes) é essencial para evitar os muitos riscos inerentes à doença.<br /><br /><br />9 - HÁ TRATAMENTO PARA AS CRISES E PARA A DOENÇA BIPOLAR?<br /><br />Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de «mania». Os estabilizadores do humor são a Olanzapina, a Lamotrigina, o Valproato, Carbonato de Lítio, Quetiapina, Carbamazepina, Risperidona e Ziprasidona.<br />As crises depressivas tratam-se com medicamentos ANTIDEPRESSIVOS ou, em casos resistentes, a elecroconvulsivoterapia. As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor atrás referidos e com os medicamentos neurolépticos ANTIPSICÓTICOS.<br />Naturalmente, o apoio psicológico individual e familiar é um complemento indispensável para o tratamento.<br />As crises graves obrigam a tratamento hospitalar em muitos casos.<br /><br /><br />10 - PORQUE É TÃO IMPORTANTE A CONSCIENCIALIZAÇÃO DOS DOENTES, DOS FAMILIARES E DE OUTRAS PESSOAS SOBRE A DOENÇA BIPOLAR?<br /><br />A noção de doença mental na opinião pública é, em geral, muito confusa e pouco correcta. Verifica-se uma tendência para considerar negativamente as pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas e é frequente a ideia de que as doenças mentais são qualitativamente diferentes das outras doenças. É muito comum imaginar que há uma «doença mental» única («a doença mental»), atribuindo às pessoas que tenham sofrido crises, um prognóstico negativo de incurabilidade, aferido erradamente pelos casos de doentes mentais mais graves e crónicos. Por vezes o diagnóstico médico das diferentes doenças psiquiátricas não se faz na altura própria, por variadas razões, e isso acontece, com alguma frequência, na Doença Bipolar.<br />O conhecimento, mesmo que simplificado, das características da Doença Bipolar facilita a seu reconhecimento aos próprios (que a sofrem) e aos outros, possibilitando uma maior ajuda a muitas pessoas que carecem de um tratamento médico adequado e de uma solidária compreensão humana.<br />COMO EVOLUI?<br /><br />De que tipos de crises (acessos ou fases) sofrem as pessoas com Doença Bipolar? Com que frequência voltam a ter recorrências, a sofrer novas crises? Algumas pessoas têm um número igual de crises de euforia ou excitação irritável (mania) e de depressão. Outras têm principalmente crises de um tipo, de depressão ou de euforia. Em média, uma pessoa que sofre de Doença Bipolar tem quatro crises durante os primeiros 10 anos da doença. Embora possa haver um intervalo de anos entre duas ou três primeiras crises, a sua frequência é maior se não se fizer o tratamento estabilizador apropriado. As crises podem corresponder às mudanças de estação em padrões variáveis, no "rebentar" e no "cair" da folha, no Inverno e no Verão. Algumas pessoas têm crises frequentes ao longo do ano, por vezes, mesmo, ciclos ininterruptos de euforia e depressão. As primeiras crises podem ser desencadeadas por factores emocionais ou stress, mas à medida que a doença evolui, se a pessoa não fizer o tratamento estabilizador (preventivo), as crises podem surgir com maior frequência e sem factores precipitantes dignos de relevo.<br /><br />As crises podem durar dias, meses ou mesmo anos. Em média, sem tratamento, as fases de mania e hipomania (euforia leve) duraram poucos meses, enquanto as depressões arrastam-se muitas vezes por mais de seis meses. Há designações especiais para cada forma de evolução da Doença Bipolar:<br /><br />Bipolar I<br /><br />A pessoa sofre crises de mania ou crises mistas(sintomas de depressão e mania misturados) e, quase sempre, também tem fases depressivas. As crises voltam a repetir-se excepto se fizer o tratamento preventivo.<br /><br />Bipolar II<br /><br />A pessoa tem crises depressivas graves e fases leves de elevação do humor (hipomania). As crises de elevação do humor podem não ser identificadas ou referidas porque o doente se sente "acima do normal" com muita energia e alegria, sem perturbações óbvias. Se o tratamento for só para a depressão, com uma medicação exclusivamente com antidepressivos, não se verifica uma estabilização, podendo surgir crises frequentes e uma viragem do humor.<br /><br />Ciclos Rápidos<br /><br />A pessoa tem pelo menos quatro crises por ano, em qualquer combinação de fases de mania, hipomania, mistas e depressivas. Corresponde a uma evolução que atinge entre 5 e 15% dos doentes com Doença Bipolar. Pode, em alguns casos, resultar de uma terapêutica demasiado intensiva e prolongada com antidepressivos, em vez da adequada terapêutica de estabilização do humor.<br /><br />COMO SE TRATA A DOENÇA BIPOLAR?<br /><br />Naturalmente, as indicações que aqui ficam são as essenciais para o reconhecimento da doença pelo doente e os familiares, mas não devem levar a minimizar o papel do médico psiquiatra, elemento chave no tratamento. Pelo contrário, o melhor conhecimento e reconhecimento da doença e dos aspectos gerais do tratamento visa permitir uma colaboração mais activa entre todos, doente, família, médico psiquiatra, médico de família e outros técnicos de saúde (enfermeiro, psicólogo, técnico de serviço social).<br /><br />No tratamento da Doença Bipolar há que ter em conta, por um lado, as fases agudas e, por outro, a estratégia de prevenção das crises. Quando o doente sofre uma crise de depressão, de mania, hipomania, ou mista, precisa de ser tratado na fase aguda com a terapêutica apropriada antidepressiva, anti-maníaca ou antipsicótica, sendo necessária, em muitos casos, a hospitalização no período crítico. Depois de tratada a fase aguda e na continuidade do seu tratamento, inicia-se a terapêutica preventiva das crises para evitar que voltem a ocorrer. Para que o tratamento seja eficaz é necessária uma medicação (tanto para a fase aguda como para a estabilização da doença), acompanhada de uma educação do doente e dos familiares (sobre a doença, os medicamentos, a necessidade de aderir ao tratamento, modificação de hábitos nocivos). Pode ser benéfico um apoio psicológico para o doente e seus familiares (como lidar com os problemas e o stress, etc).<br /><br />A MEDICAÇÃO?<br /><br />Os medicamentos mais importantes no tratamento dos sintomas da Doença Bipolar são os estabilizadores do humor e os antidepressivos. Mas o médico pode ter necessidade de receitar outros medicamentos, como os antipsicóticos, os ansioliticos e os hipnóticos. Para a prevenção das crises e a estabilização da doença são essenciais os medicamentos designados, com toda a propriedade, estabilizadores do humor. É importante agora dar algumas informações sobre estes últimos medicamentos.<br /><br />O QUE SÃO E QUAIS SÃO OS ESTABILIZADORES DE HUMOR?<br /><br />Os medicamentos estabilizadores do humor são a base essencial da terapêutica preventiva das fases depressivas e eufóricas da Doença Bipolar. A sua descoberta e utilização revolucionou o tratamento da doença, permitindo a muitas pessoas o controle da Perturbação Bipolar através de uma prevenção das crises. A par desta acção terapêutica essencial, os estabilizadores do humor também são utilizados para o tratamento das crises de mania, hipomania e estados mistos e podem atenuar os sintomas de depressão.<br /><br />Há, presentemente, três estabilizadores do humor comprovadamente eficazes:<br /><br />•O Lítio, comercializado, em Portugal, no medicamento Priadel;<br />•O Valproato, comercializado nos medicamentos Diplexil R e Depakine;<br />•A Carbamazepina (Tegretol).<br />Cada um destes três estabilizadores do humor tem diferentes acções químicas no organismo. Se um não for eficaz no tratamento ou tiver efeitos adversos persistentes o médico tem a possibilidade de escolher outro, ou de combinar dois em doses que permitam uma melhor tolerância e eficácia. Há análises para determinar o nível sanguíneo dos três estabilizadores do humor, permitindo o controle correcto da dose em cada doente.<br /><br />Prevenção, eis a palavra-chave. Os estabilizadores do humor (lítio, valproato, carbamazepina) são a base de prevenção. Cerca de um terço das pessoas com Doença Bipolar ficam completamente livres de sintomas com a manutenção estabilizadora apropriada. A maioria das pessoas beneficia de uma grande redução no número e na gravidade das crises. O médico poderá ter de fazer um acerto da medicação ou uma outra combinação terapêutica caso se continuem a verificar crises de mania ou depressão. Caso a medicação não seja 100% eficaz, não fique desencorajado: a informação rápida do médico sobre sintomas de instabilidade é essencial para um ajustamento terapêutico que previna a eclosão de uma crise. O doente nunca deve recear informar o médico sobre quaisquer mudanças de sintomas, pois dessa informação precoce depende o controle da doença. Se sentir mudanças no sono, na energia (aumento ou diminuição), no humor (alegria excessiva, irritabilidade ou tristeza) e no seu comportamento e relações com pessoas, será melhor contactar com o médico sem demora.<br /><br />A manutenção da medicação é outro aspecto essencial. Os medicamentos controlam, mas não curam a Doença Bipolar. Ao parar a medicação estabilizadora, mesmo depois de muitos anos sem crises, há um sério risco de uma recaída passadas algumas semanas ou meses. E, em alguns doentes, a retoma da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores. A decisão de interromper a medicação caberá ao médico, em função de circunstância que a tal aconselham, como é o caso de uma gravidez.<br /><br /></span><span style="font-size:130%;color:#ff6600;">Psiche! </span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-36397780362093083892009-10-28T22:52:00.000-07:002009-10-29T05:19:50.095-07:00Gota d'água<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/jStx8oxtNCc&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/jStx8oxtNCc&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="338"></embed></object><br /><br /><span style="color:#c0c0c0;">Já lhe dei meu corpo<br />Minha alegria<br />Já estanquei meu sangue<br />Quando fervia<br />Olha a voz que me resta<br />Olha a veia que salta<br />Olha a gota que falta<br />Pro desfecho da festa<br />Por favor<br /><br />Refrão(2x)<br />Deixe em paz meu coração<br />Que ele é um pote até aqui de mágoa<br />E qualquer desatenção, faça não<br />Pode ser a gota d'água<br /><br />Chico Buarque<br /></span><br /><span style="color:#ff6600;">Psiche!</span>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-67561008083543625572009-10-28T20:40:00.001-07:002009-10-29T05:19:33.342-07:00Transtorno Afetivo Bipolar<div align="justify"><span style="color:#99ffff;">O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), também conhecido como Transtorno Bipolar do Humor (TBH) ou, antigamente, Psicose Maníaco Depressiva (PMD), é uma doença relacionada ao humor ou afeto, classificada junto com a Depressão e Distimia. O TAB se caracteriza por alterações do humor, com episódios depressivos e maníacos ao longo da vida. É uma doença crônica, grave e de distribuição universal, acometendo cerca de 1,5% das pessoas em todo o mundo.<br /><br />O TAB é considerado uma doença psiquiátrica muito bem definida e, embora tenha um quadro clínico variado, é um dos transtornos com sintomatologia mais consistente na história da psiquiatria. Sua forma típica (euforia-depressão) é bem caracterizada e reconhecível, permitindo o diagnóstico precoce e confiável.<br /><br />Normalmente sentimos alegria, tristeza, medo, ousadia, energia, desânimo, eloqüência, apatia, desinteresse, enfim, em diversos momentos de nossa vida, com maior ou menor intensidade uma grande variedade de sentimentos são experimentados. De modo geral, é normal a pessoa ficar alegre com uma promoção no emprego, com uma conquista amorosa, nascimento de um filho e outras situações agradáveis. Assim como se espera, também, que a pessoa normal experimente tristeza e sofrimento depois de um rompimento amoroso, com doença ou morte de pessoa querida, com a perda do emprego, dificuldades financeiras, etc.<br /><br />Resumindo, em situações normais o estado de humor ou de ânimo deve variar ao sabor dos acontecimentos da vida e de acordo com a tonalidade afetiva de cada um (veja Tonalidade Afetiva na página Alterações da Afetividade, na seção Psicopatologia). Essas respostas emocionais podem ser adequadas e proporcionais aos estímulos externos, que são as vivências, ou desproporcionais e inadequadas. Neste caso, em resposta aos estímulos internos, que são as oscilações do humor ou alterações afetivas.<br /><br />No DSM.IV são classificados 2 tipos de TBH. O Tipo I, onde a maioria dos episódios de alteração do humor são do tipo euforia e o Tipo II, ao contrário, ou seja, a maiora dos episódios são depressivos (Figura)<br /><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixU5GHkF32WDv_xlQF7x6LSONZ1vw_L8Tr4LP2PRyqsMI7_QMVS5p4Wx6FfiINr3pr0y0NuSSjBT5CJO_JAsqk_lSmRYMzpZPTOwgG9DHXNv5ZL47g_Dg7oO_-_v5p8_WNNRki6MfPvcB3/s1600-h/imagem.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 346px; DISPLAY: block; HEIGHT: 262px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397878228984814530" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixU5GHkF32WDv_xlQF7x6LSONZ1vw_L8Tr4LP2PRyqsMI7_QMVS5p4Wx6FfiINr3pr0y0NuSSjBT5CJO_JAsqk_lSmRYMzpZPTOwgG9DHXNv5ZL47g_Dg7oO_-_v5p8_WNNRki6MfPvcB3/s400/imagem.JPG" /> <p align="justify"></a><span style="color:#99ffff;">Pelo DSM.IV, a característica essencial do Transtorno Bipolar I é um curso clínico caracterizado pela ocorrência de um ou mais Episódios Maníacos ou Episódios Mistos. Com freqüência, os indivíduos também tiveram um ou mais Episódios Depressivos Maiores. Por outro lado, a característica essencial do Transtorno Bipolar II é um curso clínico marcado pela ocorrência de um ou mais Episódios Depressivos Maiores, acompanhados por pelo menos um Episódio Hipomaníaco.<br /><br />Hoje em dia o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar está sendo repensado e deslocado para um grupo de estados psicopatológicos afins; os Transtornos do Espectro Bipolar (Akiskal e cols., Montgomery e Keck, 2000.<br /><br /><strong>EPISÓDIO DEPRESSIVO</strong><br />A Depressão é caracterizada principalmente por alterações do humor, da psicomotricidade, da cognição e das funções vegetativas. O quadro clínico do paciente deprimido é bastante complexo, cheio de sinais e sintomas. Geralmente o paciente apresenta humor depressivo, alterações de apetite e do sono, dificuldades de concentração e pensamentos de cunho negativo, incapacidade de sentir alegria ou prazer, redução da energia, agitação psicomotora ou, ao contrário, lentificação, podendo ocorrer ideação suicida e/ou sintomas psicóticos.<br /><br />Profissionais com atividades acadêmicas ou intelectuais não conseguem mais executar suas tarefas quando deprimidos, as crianças diminuem o rendimento escolar por causa das dificuldades de raciocínio e concentração. Essa variedade de sinais e sintomas faz pensar em uma verdadeira síndrome depressiva, cujas unidades de manifestação são o Episódio de Maníaco e o Episódio Depressivo. Aqui discorremos sobre o Episódio Depressivo.<br /><br />Alterações de humor e afetividade<br />Obviamente, o paciente deprimido manifesta o humor depressivo. Os reflexos mais típicos desse tipo de humor são os sintomas de angústia, tristeza, vazio, desesperança, desânimo, enfim, a sensação popularmente conhecida como "baixo astral".<br /><br />Entretanto, para surpresa do público leigo, nem sempre a tristeza clássica está presente no Episódio Depressivo. Algumas vezes, de acordo com determinados traços de personalidade, o paciente pode não experimentar sentimento de tristeza e concentrar suas queixas em somatizações, em dores e outras queixas físicas, tais como cefaléia, dor de estômago, dor no peito, tonturas, etc.<br /><br />Apesar disso, a atitude da pessoa com humor depressivo, ainda que sem queixas de tristeza, pode ser percebido indiretamente por sua expressão facial, pelo olhar triste, fixo e sem brilho, pelos ombros caídos e por uma notável tendência ao choro e hipersensibilidade sentimental (Bleuler, 1985). Antigamente falava-se em Depressão Mascarada, para se referir a esses casos de depressão sem tristeza.<br /><br />O humor de pacientes deprimidos pode ser irritável, manifestado como tendência a sentir-se facilmente incomodado com tudo, mal-humorado, com baixo limiar de tolerância para frustração. Esse quadro de irritabilidade e explosividade no humor depressivo é uma das manifestações depressivas mais comuns em crianças e adolescentes.<br /><br />Os deprimidos podem perder a capacidade de sentir prazer, o que os leva ao abandono de atividades anteriormente prazerosas e ao desinteresse por amigos e familiares. Em casos mais graves pode haver incapacidade de experimentar qualquer tipo de emoção, dando a impressão que nada mais interessa ou vale a pena. Nas alterações da afetividade chamei esse estado de “egoísmo afetivo”, colocado entre aspas para sugerir o aspecto involuntário desse egoísmo.<br /><br />Cognição e percepção<br />A avaliação e juízo crítico da realidade à sua volta, que é a cognição propriamente dita, pode estar seriamente prejudicada na pessoa deprimida. A consciência da realidade pode estar desde ligeiramente alterada até psicoticamente alterada com pensamentos deliróides.<br /><br />A avaliação que a pessoa deprimida faz de si mesma, que nada mais é do que a autoestima, pode sugerir uma idéia muito negativa. Essas idéias auto-pejorativas orbitam em torno do fracasso, da ruína, pessimismo, inferioridade, inutilidade, culpa, auto-recriminação, pecado e mesmo uma série de ruminações que tomam conta totalmente do pensamento. Medo do presente e do futuro, sofrimento retroativo pelas mazelas do passado, ausência de planos e perspectivas (Moreno & Moreno, 1994).<br /><br />Os problemas existenciais reais, que existem de fato e todos temos, assumem proporções insuportáveis na depressão, surgem medos irracionais e preocupações excessivas. As avaliações negativas de si, do mundo e do futuro, dominam o pensamento do paciente deprimido e podem alterar a sua percepção da realidade a ponto de cogitar em suicídio (que pode se manifestar em até 15% das depressões maiores ou graves sem tratamento).<br /><br />O médico clínico, diante de um paciente deprimido, deve investigar e avaliar o risco de suicídio, uma vez que a morte por suicídio é tão letal quanto por infarto do miocárdio. Na Depressão Grave com Sintomas Psicóticos, classificada no CID.10 sob o código F33.2, podem aparecer delírios congruentes com o humor (veja Idéias Deliróides na seção Psicopatologia). Esses delírios secundários ao humor deprimido podem servir para maquiar um mundo temerário, ameaçador e sofrível no qual a cognição do deprimido crê. Alucinações, principalmente auditivas, podem aparecer nas depressões graves.<br /><br />Karla Mathias de Almeida e Doris Moreno (2002) listam alguns critérios ou características dessas Idéias Deliróides ou Delírios Humor Congruente:<br /><br />a) são de tonalidade afetiva penosa;<br />b) são monótonas e repetitivas;<br />c) são pobres, isto é, a idéia delirante não se desenvolve em construções intelectuais: são mais ricas em emoção do que em conteúdo ideativo;<br />d) são passivas e o paciente aceita todas suas infelicidades placidamente;<br />e) são divergentes e centrífugas, isto é, estendem-se progressivamente para a pessoa próxima e para o ambiente;<br />f) são delírios do passado (lamentações, remorsos) ou do futuro (ansiedade, temores).<br /><br />São comuns queixas de dificuldades de raciocínio, concentração e tomada de decisões. De fato, a mais prejudicada talvez seja a atenção e não a memória, propriamente dita. E a dificuldade em fixar a atenção, associada à falta de interesse, pode simular severos problemas de memória.<br /><br />Com a lentificação do pensamento as idéias podem ficar confusas. Ey e cols (1978) descrevem a "paralisia psíquica". Nesse estado a ideação fica lenta, as associações são difíceis, a evocação é penosa, a síntese mental é impossível, o esforço mental sustentado também é impossível e a atenção concentra-se nos temas melancólicos sem poder separar-se deles. Em idosos, as alterações das funções cognitivas na depressão podem ser confundidas com demência.<br /><br /><strong>Comportamento e psicomotricidade</strong><br />Alguns autores consideram o retardo psicomotor a principal alteração no Transtorno do Humor (Akiskal, 2000). O paciente com lentificação psicomotora exibe importante restrição de movimentos espontâneos, postura de abatimento, discurso lentificado, frases raras e monossilábicas, com aumento do tempo de latência de resposta, baixo tom de voz, dificuldade de raciocínio, diminuição da energia e cansaço excessivo. Não é raro alguns pacientes reclamarem de fadiga extrema ao realizar tarefas simples, tais como escovar os dentes. Há uma tendência a ficar deitado e ao isolamento. Em casos graves, a lentificação psicomotora pode evoluir para o estupor depressivo.<br /><br /><strong>Funções vegetativas</strong><br />Funções vegetativas são aquelas reguladas pelo Sistema Nervoso Autônomo (ou Vegetativo). No paciente deprimido estão alterados o sono, o apetite, a função sexual e o ritmo circadiano do humor. A alteração do apetite e/ou do peso é um dos indicadores confiáveis do comprometimento somático da Depressão. As alterações do sono na Depressão envolvem insônia, mais freqüentemente intermediária, quando então a pessoa desperta no meio da noite e tem dificuldade para voltar a dormir, ou acorda muito cedo (insônia terminal).<br /><br />Alguns pacientes podem dormir demais, como uma espécie de fuga de uma realidade hostil para eles ou como sinal de escasseamento da “energia” necessária para a disposição geral. Dentro dessas funções vegetativas prejudicadas está a função sexual, onde ocorre invariavelmente uma expressiva diminuição da libido, tanto nos em homens e como nas mulheres. E não apenas a libido costuma estar comprometida mas, inclusive, também a função erétil.<br /><br /><strong>Subtipos depressivos</strong><br />A nomenclatura psiquiátrica é demasiadamente complexa, apesar de inteligível. Há vários tipos de manifestações depressivas, classificadas tanto de acordo com a origem, quanto através da apresentação clínica. A todos esses subtipos acrescento ainda a sintomatologia depressiva da atualidade, a qual decorre mais dos sentimentos de frustração do que da depressão, propriamente dita.<br /><br /><strong>Depressão Bipolar</strong><br />É a Depressão que se apresenta em portadores do Transtorno Afetivo Bipolar. Aqui há uma alternância de episódios depressivos e eufóricos (maníacos), não necessariamente um depois do outro (podem surgir vários episódios depressivos e um eufórico ou vice-versa). Trata-se de um quadro de origem constitucional, ou seja, biológica. Normalmente essas crises surgem sem que se possa associar à alguma razão vivencial.<br /><br /><strong>Depressão endógena</strong><br />Antigamente essa denominação caracterizava a Depressão que se manifestava por episódios agudos, recorrentes e sem a existência de episódios eufóricos. Hoje se fala em Transtorno Depressivo Recorrente, graduado em Leve, Moderado e Grave pela CID.10 ou Maior, pelo DSM.IV. Entretanto, o nome endógeno deveria ser mantido como conceito com objetivo de facilitar a idéia do fator constitucional desse tipo de Depressão.<br /><br />Na Depressão Endógena os sintomas são mais exuberantes, focando predominantemente o prejuízo da capacidade para sentir prazer (anedonia), na apatia significativa, nos sentimentos de culpa, piora matutina, diminuição de apetite e perda de peso.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Depressão Atípica<br /></strong>As Depressões Atípicas são aquelas que se manifestam, predominantemente, através de sintomas ansiosos (Pânico, Fobia ...) e somáticos. Nos quadros de Depressão Atípica encontramos os sintomas vegetativos incaracterísticos (aumento do apetite, do sono, ganho de peso), humor não totalmente rebaixado (capacidade de se alegrar diante de eventos positivos) e grande sensibilidade emocional.<br /><br />Alguns deprimidos podem manifestar apenas sintomas somáticos (físicos) ao invés de sentimentos de tristeza, como por exemplo, dores vagas e imprecisas, tonturas, cólicas, falta de ar, etc. Para estes, talvez, seja mais fácil comunicar sua aflição e desespero através dos órgãos que do discurso. Também em crianças e adolescentes a depressão pode dissimular-se sob a forma de um humor irritável ou rabugento, ao invés de triste e abatido.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Depressão Psicótica ou Maior<br /></strong>Trata-se de Depressão Grave, na qual ocorrem sintomas psicóticos, tais como os delírios e/ou as alucinações. Geralmente esses delírios são congruentes com o humor, chamados então, Delírios Humor-Congruentes. Podemos chamá-los também de Delírios Secundários ou Idéias Deliróides. Na esquizofrenia os delírios são primários e aqui são secundários (secundários à depressão).<br /><br />Quando existem delírios esses são, geralmente, de ruína, de grave prejuízo moral, de doença grave, culpa, morte, castigo. Quando existem alucinações, geralmente são auditivas.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>EUFORIA (Mania)<br /></strong>Assim como a depressão, a euforia ou mania também se caracterizada por alterações no humor, na cognição, na psicomotricidade e nas funções vegetativas, porém com características opostas àquelas alterações observadas na depressão, ou seja, o paciente apresenta elevação do humor, aceleração da psicomotricidade, aumento de energia e idéias de grandeza, as quais podem ser até delirantes.<br /><br />As formas clínicas da euforia variam de acordo com a intensidade e o predomínio dos sintomas afetivos, das alterações psicomotoras e da presença de sintomas psicóticos. Em sua forma clássica a mania se caracterizada por humor exageradamente expansivo (chamado de elação), aceleração no ritmo do pensamento, agitação psicomotora e pensamentos delirantes de grandiosidade. Dependendo da gravidade do Episódio Eufórico as idéias deliróides podem fazer confundir o quadro com um surto esquizofrênico.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Humor e Afetividade<br /></strong>O humor na euforia é muito expansivo, geralmente irritável, desinibido. Sentimentos de exagerada alegria, júbilo e excitação são comuns. Essa alegria percebe-se patológica e o riso é exagerado, desproporcional ou à toa, há um desmedido entusiasmo e incomum interesse sexual, profissional e social.<br /><br /><strong>Cognição e Percepção</strong><br />O pensamento na euforia costuma ser repleto de idéias de grandeza, autoconfiança incomodamente elevada, otimismo exagerado, falta de juízo crítico e da inibição social normal. A impulsividade pode levar a conseqüências desastrosas.<br /><br />Podem existir idéias deliróides de grandeza, de poder, riqueza e de irreal inteligência. No tipo Grave com Sintomas Psicóticos a euforia é acompanhada de alucinações, sentimentos de influência e de inspiração profética, caracterizando assim o verdadeiro Estado de Elação (Ey e cols., 1978).<br /><br />A aceleração do pensamento produz um dos sintomas mais clássicos da euforia que e a Fuga de Idéias, onde o paciente começa um assunto novo sem terminar o anterior. Há também uma hipermnésia, com lembrança fácil de eventos passados, porém, prejudicado por excesso da distraibilidade.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Comportamento e Psicomotricidade<br /></strong>A pessoa com euforia sente-se sempre muito bem disposto e capaz de alcançar qualquer objetivo, cheio de energia e sem necessidade de repouso ou sono. Normalmente ela gargalha, canta, dança, se mexe, corre, faz sexo, trabalha... tudo exageradamente e incansavelmente. Desse jeito é difícil convencê-lo estar doente, já que o bem estar (patológico) é muito contundente.<br /><br />Durante a fase de euforia do Transtorno Bipolar do Humor, a auto-estima, o vigor e a energia física aumentam e a pessoa passa a agir em ritmo acelerado, fica inquieta e agitada, a necessidade de sono diminui. Começa a ter sentimentos de grandeza, considera-se especial e se sente como se não tivesse limites. Os planos grandiosos e mirabolantes se multiplicam, as idéias fluem rapidamente e não consegue concluir as idéias, pulando rapidamente para outros assuntos.<br /><br />Quando o paciente já é conhecido, percebe-se claramente estar entrando em euforia até pelo colorido exuberante das roupas, o volume com que ouve músicas, a profusão do discurso, eloqüência com que defende seus pontos de vista. Por outro lado, a aceleração exagerada do pensamento pode dificultar a compreensão do discurso.<br /><br />Por causa da impulsividade, da desinibição, do aumento de energia e da ausência de crítica, a pessoa em mania acaba se envolvendo em atividades perigosas e insensatas, tais como dirigir em alta velocidade, praticar sexo inseguro, gastar além das possibilidades.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Funções Vegetativas<br /></strong>A diminuição da necessidade de descanso e de sono é o sintoma físico mais freqüente. O paciente necessita de poucas horas e, mesmo assim sente-se bem disposto e cheio de energia (Moreno e Moreno, 1994).<br /><br />Costuma haver, na euforia, aumento do apetite, do consumo de cigarro, álcool e drogas. Como tudo está acelerado é comum o aumento do apetite sexual, associados à desinibição e à impulsividade.<br /><br />Outro sintoma bastante característico da euforia é a perda da inibição social natural. Isso produz atitudes inadequadas ou extravagantes, como por exemplo, fazer compras desenfreadamente ou vestir-se de forma exuberante, agressividade, inadequação e outros comportamentos inconvenientes que, inclusive, podem ocasionar envolvimentos policiais.<br /><br />De modo geral, as crises de euforia podem ser caracterizadas pelos seguintes sintomas:<br />1.- auto-estima inflada, grandiosidade, sensação de ser mais e melhor que os outros e, algumas vezes quando tem delírio, reconhecendo ser predestinado a alguma coisa muito importante.<br />2.- necessidade de sono diminuída, sentindo-se bem e repousado com apenas 3 horas de sono.<br />3.- mais eloqüente e loquaz do que o habitual, pressão por falar, interrompendo os outros.<br />4.- perda da inibição social, falta de crítica para com as situações ridículas e vexatórias<br />5.- fuga de idéias (mudança de assunto rápido sem conclusão do anterior) ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo mais do que as palavras podem pronunciar.<br />6.- distratibilidade, a atenção é desviada com excessiva facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes, dispersão da atenção.<br />7.- aumento da atividade dirigida a objetivos sociais, no trabalho, na escola ou sexualmente.<br />8.- agitação psicomotora, excesso de movimentos<br />9.- envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para insensatez, perigo, inconseqüência, como por exemplo, envolvimento em compulsão para compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>HIPOMANIA<br /></strong>A hipomania é um estado semelhante à mania, em grau mais leve, que aparece em pacientes com TAB, no início dos episódios de mania ou, se não for no TAB, no Transtorno Ciclotímico da Personalidade. Observa-se mudança no humor habitual para euforia ou irritabilidade, reconhecida pelas pessoas mais íntimas do paciente.<br /><br />Há também na hipomania, hiperatividade, tagarelice, diminuição da necessidade de sono, aumento da sociabilidade, atividade física, iniciativa, atividades prazerosas, libido e sexo, e impaciência. A hipomania não se apresenta com sintomas psicóticos, não precisa de internação e o prejuízo ao paciente não é tão intenso quanto no episódio de mania.<br /><br />Como dissemos, em uma sociedade que valoriza demais a extroversão e eloqüência, pacientes e familiares podem considerar a hipomania como se fosse uma atitude normal e até desejável. Assim, a hipomania pode ser confundida com estados de alegria desencadeada por eventos positivos, não percebidos pelos outros como exagerados, comparados com o padrão habitual de humor da pessoa. Já a irritabilidade da hipomania pode ser confundida, também, com reações normais aos eventos negativos, como por exemplo, uma má notícia.<br /><br />Mas a hipomania pode ou não ter fatores desencadeantes, sejam positivos ou negativos. Se esses pacientes não forem tratados, podem apresentar ausência do juízo crítico e proporcionar para si ou para seus familiares, severos prejuízos morais e materiais.Incidência<br />Em nosso meio, segundo dados do Sistema Único de Saúde de São Paulo, mais de 10 mil internações por ano são devidas ao TAB, predominantemente entre as mulheres, pois, em homens, prevalecem os diagnósticos de alcoolismo e esquizofrenia.<br /><br />As estimativas acerca da prevalência de TAB na população são bastante acanhadas, devido à rigidez dos critérios de diagnóstico propostos pelas classificações atuais. Assim, a prevalência para o Transtorno Bipolar do Humor do tipo 1, que é o tipo com mais episódios de euforia do que depressão, ao longo da vida, nos EUA, alcança 1%.<br /><br />Na cidade de São Paulo essa prevalência é de 1% (Andrade, 2002). Estudos que consideram critérios mais flexíveis de diagnóstico já apresentam uma prevalência de 4% a 8% durante a vida. Apesar do interesse nestes quadros ter aumentado nos últimos anos, os portadores de TAB continua sendo tardiamente diagnosticados e, conseqüentemente, inadequadamente tratado.<br /><br />-------------------------------------------------------<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Causas do TAB<br /></strong>Em relação às causas do TAB, tem sido muito relevante a sugestão de hereditariedade. Segundo Cardno (1999), a concordância de TAB entre gêmeos idênticos (monozigóticos) varia de 60% a 80%, e o risco de desenvolver TAB em parentes de primeiro grau de um portador de TAB situa-se entre 2% e 15%. A quantidade de gêmeos monozigóticos onde não há concordância de TAB reflete a importância dos fatores ambientais.<br /><br />A genética considera a TAB como tendo de um “modo complexo” de transmissão, cuja manifestação dependeria da presença de um conjunto de genes que interagem entre si, até o momento de conhecimento pouco definido (veja abaixo). Resumindo, compreende-se que o aparecimento dessas doenças de transmissão complexa dependa da presença de um conjunto de genes de suscetibilidade, os quais, ao sofrerem influência do meio, manifestam-se precipitando as alterações necessárias para a eclosão da doença em questão.<br /><br />Sobre os fatores ambientais associados ao Transtorno Bipolar do Humor, Leandro Michelon e Homero Vallada (2005) citam Tsuchiya e colaboradores, que investigaram a possível associação entre TAB e fatores variados, tais como, demográficos (sexo, etnia), relacionados à complicações da gestação ou do parto, estação do ano no nascimento, nascimento em área urbana ou rural, antecedentes de lateralidade, ajustamento pré-mórbido, padrão socioeconômico, eventos estressantes de vida, disfunção familiar, perda de parente e história de epilepsia, trauma craniencefálico, esclerose múltipla.<br /><br />De relevante ocorreu, nessa revisão da literatura, uma associação entre o TAB e a condição socioeconômica desfavorável, bem como com o desemprego, baixa renda e estado civil solteiro. Também houve associação da TAB com mulheres nos três primeiros meses do pós-parto. O restante dos fatores avaliados não mostrou nenhuma associação com ocorrência de TAB.<br /><br />De modo geral, os estudos foram inconclusivos, exceto para a significante associação do desenvolvimento de TAB com história familiar positiva, em vários estudos. Volta aqui a questão dos fatores genéticos, porém, a despeito de todos os fatos que sugerem uma fortíssima participação genética no desenvolvimento do TAB, até o momento não foi possível identificar genes ou regiões cromossômicas envolvidos diretamente no aparecimento desta doença. Embora algumas regiões dos cromossomos se mostrem mais significativamente ligadas ao problema, ainda se aguarda a confirmação científica por meio de novas pesquisas e novas técnicas de investigação.<br /><br />Inúmeras alterações na função cerebral têm sido descritas em pacientes apresentando quadros de depressão e mania. Pesquisas utilizando modelos genéticos, neuroanatômicos, neuroquímicos e de neuroimagem no TAB têm trazido importantes hipóteses teóricas e conceituais para o melhor entendimento de como certos mecanismos biológicos podem afetar a manifestação clínica da doença, seu curso e sua resposta aos tratamentos.<br /><br />As classificações mais utilizadas em psiquiatria enfatizam o quadro clássico da mania. O diagnóstico pelo DSM-IV requer humor persistente e anormalmente elevado, expansivo ou irritável durando pelo menos uma semana.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong><span style="font-size:130%;">Estudos genético-epidemio1ógicos (com famílias)<br /></span><br /></strong>Alguns estudos apontam para um sólido componente familiar no Afetivo Bipolar. Nesses estudos de família, Angst, em 1966, na Suíça, e Perris, no mesmo ano, na Suécia, apresentaram os primeiros resultados. Ambos demonstraram concordância familiar para essas alterações do humor. A maioria dos estudos que se seguiram concorda com esses autores, tanto na agregação familiar quanto na subdivisão. O Quadro 1 apresenta alguns dos principais estudos com famílias de pacientes bipolares realizados nos últimos trinta anos.<br /><br /><br /></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Q4oB_5lfZoJlXdN5LmY76hLukZ9TCVS3rWfjMeBf5oA58YjCkjYwl4jU6DcaeyLBZZEuxPtyZt0tW94t427hC0KUEM754tKvyOoNbfJMBYyulx93p0odNh7ZQE3U4daEtx96YJ9vH0p9/s1600-h/imagem2.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 280px; DISPLAY: block; HEIGHT: 660px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397871272294165042" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Q4oB_5lfZoJlXdN5LmY76hLukZ9TCVS3rWfjMeBf5oA58YjCkjYwl4jU6DcaeyLBZZEuxPtyZt0tW94t427hC0KUEM754tKvyOoNbfJMBYyulx93p0odNh7ZQE3U4daEtx96YJ9vH0p9/s400/imagem2.JPG" /> <p align="justify"></a><br /><br /><br /><span style="color:#99ffff;">*Fonte: Ricardo Alberto Moreno e Doris Hupfeld Moreno, Transtorno Bipolar do Humor, Lemos Editorial, S.Paulo, 2002<br /><br />Os resultados de estudos em famílias de pacientes com Transtorno Bipolar podem ser assim sumarizados:<br /><br />1) - o risco de parentes em primeiro grau de indivíduos não-afetados, representativos da população geral é de quase 1% para Transtorno Bipolar e cerca de 4% para Depressão Uni polar;<br /><br />2) - quando comparados o grupo de familiares de indivíduos da população geral e o grupo de parentes em primeiro grau de portadores de transtorno bipolar, observa-se que o risco para a Depressão Unipolar é três vezes maior, enquanto o risco para Transtorno Bipolar nesses parentes está aumentado cerca de sete vezes.<br /><br />Além da maior probabilidade para o Transtorno Bipolar e Depressão em familiares de pacientes bipolares, tem-se observado também um aumento do risco para o Transtorno Esquizoafetivo, Distimia e Ciclotimia (Goodwin e Jamison, 1990).<br /><br />3) - A demonstração do caráter familial é necessária, mas não suficiente, para comprovar a transmissão genética, haja vista que essa agregação na família pode ser decorrência da mesma exposição ambiental. Assim, estudos com gêmeos e com adotados são necessários para identificar a fonte dessa concentração familiar (Moreno e Moreno, 2002).<br /><br /><strong>Estudos com gêmeos</strong><br /><br />Uma segunda estratégia para demonstrar o componente genético do Transtorno Bipolar é o clássico estudo com gêmeos, no qual se compara a concordância para a doença entre gêmeos monozigóticos (MZ) com a concordância entre gêmeos dizigóticos (DZ). Sabendo que os MZ tem semelhança cromossômica e os DZ não, se a doença tiver componente genético tende a ter uma concordância muito maior nos MZ. Não se pode deixar de considerar que os gêmeos, tanto MZ como DZ, sofrem influência ambiental semelhante.<br /><br />Nas doenças determinadas pelo ambiente a concordância entre MZ e DZ seria quase a mesma, ao passo que nas doenças genéticas, a concordância nos MZ será significativamente maior, tendendo a se aproximar de 100%.<br /><br />Um dos estudos mais importantes com gêmeos no Transtorno Afetivo Bipolar é de Bertelsen e cols. (1977), que investigaram um total de 123 pares de gêmeos em que um dos irmãos já apresentava Transtorno do Humor. Esses autores observaram uma concordância de 79% de Transtorno Afetivo Bipolar para MZ e de apenas 19% para DZ.<br /><br />Torgersen (1986) encontrou um taxa de concordância de 51 % para MZ e de 20% em DZ. Números semelhantes foram encontrado por McGuffin e Katz (1991), os quais observaram uma concordância entre MZ de 53% e em DZ de 28%. Em 1993 Kendler e cols. verificaram uma concordância para transtornos do humor de 75% em MZ e de 29,6% em DZ.<br /></p></span><p></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhem_ZKcD3kU77nnDX_FhgNbEa-TWgzmouLDMF0WbkHxlMk130uU1NTk3XRu6Ed0NErBRPxaJLgyqzG-vHv7Km6uQGMYATXlI5b5T5JB3LfCeTBQ3NX8LTwAH16qCMB_x3udxBFryRLSNEE/s1600-h/imagem3.JPG"><span style="color:#99ffff;"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 253px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397866864205900450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhem_ZKcD3kU77nnDX_FhgNbEa-TWgzmouLDMF0WbkHxlMk130uU1NTk3XRu6Ed0NErBRPxaJLgyqzG-vHv7Km6uQGMYATXlI5b5T5JB3LfCeTBQ3NX8LTwAH16qCMB_x3udxBFryRLSNEE/s320/imagem3.JPG" /> </span></a><p align="justify"><br /><br /><span style="color:#99ffff;">*Fonte: Ricardo Alberto Moreno e Doris Hupfeld Moreno, Transtorno Bipolar do Humor, Lemos Editorial, S.Paulo, 2002<br /><br />Podemos concluir com base nos dados apresentados anteriormente que a taxa de concordância para o transtorno do humor é de duas a quatro vezes maior em gêmeos MZ do que nos DZ, reforçando a hipótese de um componente genético nessa enfermidade. Mas, deduz-se que o componente genético não é o único determinante desse transtorno. Se assim fosse a concordância entre os gêmeos MZ seria de 100%. Estima-se que o potencial hereditário para o Transtorno Bipolar seja em tomo de 75% (Baron, 1991).<br /><br /><strong>Estudos com adotados</strong><br /><br />Com o propósito de separar a influência ambiental do fator genético, costuma-se pesquisar em adotados. Segundo Moreno e Moreno (2002), o primeiro estudo desse tipo foi conduzido na Bélgica por Mendlewicz e Rainer (1977), que verificaram 29 adotados com a antiga doença maníaco-depressiva (hoje Transtorno Afetivo Bipolar). Esses autores observaram uma prevalência de distúrbios afetivos em 31 % dos pais biológicos dessas pessoas, comparado a uma prevalência de 12% nos pais adotivos.<br /><br />Outro estudo foi de Cadoret (1978), que em uma amostra de mães com o Transtorno Afetivo (bipolar e unipolar) evidenciou uma freqüência seis vezes maior de Depressão em seus filhos biológicos adotados ao nascimento, comparados aos filhos de mães sem o transtorno, também adotados no nascimento.<br /><br />Wender e cols. (1986) pesquisaram, na Dinamarca, 71 pessoas adotadas portadoras de Transtornos do Humor e relataram uma prevalência oito vezes maior em casos de Depressão Unipolar e quinze vezes maior em casos de suicídio nos pais biológicos dessas pessoas quando comparadas com seus pais adotivos.<br /><br /><strong>Outras Classificações</strong><br />Durante muito tempo o TAB (Transtorno Afetivo Bipolar) foi considerado apenas ao que se considera hoje a sua forma mais grave. A classificação DSM.IV, já com mais de 10 anos, reconhece somente os tipos I e II, entretanto, os pesquisadores estão ampliando os conceitos e os tipos da bipolaridade.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><em><strong>Já se fala em Transtornos do Espectro Bipolar e, de acordo com abordagem mais recente, existem quatro tipos de transtorno bipolar, que se caracterizam basicamente pela intensidade i em que ocorre a alteração do humor.<br /></strong></em><br />Tipo I: Afeta apenas 1 % da população, é a forma mais intensa, com forte alteração do humor, por apresentar fases de mania plena. Apresenta toda a amplitude de variação do humor, do pico mais alto (mania plena), que pode durar várias semanas, até depressões graves. Em geral, inicia-se entre 15 e 30 anos, mas há casos de início mais tardio. É comum apresentar sintomas psicóticos, como delírios (pensamentos fora da realidade) ou alucinações (ouvir vozes que não existem, por exemplo). Se não for tratado, em geral prejudica enormemente o curso da vida do paciente.<br />Tipo II: A alteração do humor não é tão intensa quanto no Tipo I, mas apresenta fases de hipomania (pequena mania) e depressão. Assim sendo, nesse tipo a fase maníaca é mais branda e curta, chamada de hipomania. Os sintomas são semelhantes, mas não prejudicam a pessoa de modo tão significativo. As depressões, por outro lado, podem ser profundas. Também pode iniciar na adolescência, com oscilação de humor, mas uma parte dos pacientes só expressa a fase depressiva ao redor dos 40 anos. Com freqüência, os sintomas de humor deixam de ser marcadamente de um pólo para ter características mistas, turbulentas.<br />Tipo III: O Tipo III é semelhante ao tipo II, porém o quadro de hipomania é desencadeado pelo uso de antidepressivos ou psicoestimulantes. É uma classificação usada apenas quando a fase maníaca ou hipomaníaca é induzida por um antidepressivo ou psicoestimulante, ou seja, os pacientes fazem parte do espectro bipolar, mas o pólo positivo só é descoberto pelo uso destas drogas. Sem o antidepressivo, em geral manifestam características do temperamento hipertímico ou ciclotímico. Como regra, devem ser tratados como bipolares, mesmo que saiam do quadro maníaco com a retirada do antidepressivo.<br />Tipo IV: No tipo IV a oscilação de humor é mais leve e o paciente é, geralmente, uma pessoa com temperamento mais determinado, dinâmico, empreendedor, extrovertido e expansivo, e que, esporadicamente, passa a ter o humor mais turbulento e depressivo na meia-idade. Esses pacientes nunca tiveram mania ou hipomania, mas têm uma história de humor um pouco mais vibrante, na faixa hipertímica, que freqüentemente gera vantagens. A fase depressiva pode só ocorrer em torno ou depois dos 50 anos e às vezes é de característica mista e oscilatória.<br /><br />Além desses quatro tipos, há a ciclotimia, que se caracteriza por um traço de personalidade cujo humor é oscilante e desregulado, e cujas fases não chegam a ser configuradas como mania ou depressão.<br /><br /></span><span style="color:#99ffff;"><strong>Curso<br /></strong>O Transtorno Bipolar I é um transtorno recorrente, ou seja, mais de 90% das pessoas que tiveram um Episódio Maníaco terão futuros episódios. Aproximadamente 60 a 70% dos Episódios Maníacos freqüentemente precedem ou se seguem a Episódios Depressivos mas o padrão de alternância é característico para cada pessoa.<br /><br />O número de episódios durante a vida (tanto Depressivos quanto Maníacos) tende a ser superior para Transtorno Bipolar I, em comparação com Transtorno Depressivo Recorrente. Estudos do curso do Transtorno Bipolar I, antes do tratamento de manutenção com lítio, sugerem que ocorremquatro episódios em média a cada 10 anos. O intervalo entre os episódios tende a diminuir com a idade.<br /><br />Aproximadamente 5 a 15% das pessoas com Transtorno Bipolar têm quatro ou mais episódios de alterações severas do humor, tais como, Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco, Episódio Misto ou Episódio Hipomaníaco, que ocorrem dentro de um determinado ano. Embora a maioria das pessoas com Transtorno Bipolar retorne a um nível plenamente normal de funcionamento entre os episódios, alguns deles, entre 20 e 30%, continuam apresentando instabilidade do humor e dificuldades interpessoais ou ocupacionais.<br /><br />Quando um indivíduo tem Episódios Maníacos com aspectos psicóticos, os episódios subseqüentes têm maior probabilidade de ter aspectos psicóticos. A recuperação incompleta entre os episódios é mais comum quando o episódio atual é acompanhado por aspectos psicóticos incongruentes com o humor.<br /><br />Bibliografia:<br />Andrade L, Walters EE, Gentil V e cols. – Prevalence of ICD-10 Mental Disorders in a Catchment a Área in the city of São Paulo, Brazil. Soc Psych Epidemiol 37(7): 316-325, 2002<br />Cardno AG, Marshall EJ e cols. – Heritability Estimates for Psychotic Disorders. Arch Gen Psychiatry 56:162-168, 1999<br />Michelon L, Vallada H – Fatores Genéticos e Ambientais na Manifestação do Transtorno Bipolar. Rev Psiq Clínica 32(Sup. Esp.) 1;21-27, 2005.<br /><br />para referir:<br />Ballone GJ - Transtorno Afetivo Bipolar, in. PsiqWeb, internet, disponível em www.psiqweb.med.br, 2005. </span></p><p align="justify">http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=367&sec=26 </p><p align="left"><span style="color:#ff6600;">Psiche!</span></span></span></p>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-23401973879854048922009-10-28T20:33:00.000-07:002009-10-29T05:19:04.483-07:00<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia8Izsaviqd3TBzsOzRpqEszzUcP6Dis0wEhmb9Rruyh-Iu5NROAMmIyURaxKNprxWCK0YG69Adh7OhbT2Mehd-oOYCwzFHnsR1YqhlfWqQmRTs8nFQfsWCpc2EVF9Nw96S6yRkSR2CK8n/s1600-h/bipolar-disorder-1a.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 235px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397860811288339122" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia8Izsaviqd3TBzsOzRpqEszzUcP6Dis0wEhmb9Rruyh-Iu5NROAMmIyURaxKNprxWCK0YG69Adh7OhbT2Mehd-oOYCwzFHnsR1YqhlfWqQmRTs8nFQfsWCpc2EVF9Nw96S6yRkSR2CK8n/s320/bipolar-disorder-1a.jpg" /></a> <span style="color:#ccffff;">O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), também conhecido como Transtorno Bipolar do Humor ou ainda Psicose Maníaco Depressiva, é uma doença ou um distúrbio do humor.<br />Na idade média era disgnosticado como possessão demoníaca e ainda nos dias atuais é tratada algumas vezes como tal por pessoas desisnformadas, pela igreja católica e por várias igrejas evangélicas, que usam deste 'artifício' para amendrontar os fiéis ignorantes e promover espetáculos durante os cultos.<br /><br />Este distúrbio afeta diretamente o estado emocional das pessoas.<br />Normalmente ficamos felizes ou tristes de acordo com estimulos externos, e essas sensações têm intensidade e duração de acordo com o estímulo, mas a mente das pessoas com transtorno afetivo bipolar não gera as sensações de acordo com estímulos externos mas sim aleatoriamente, ou seja, sem a necessidade de que algo positivo tenha acontecido a pessoa pode ter um surto de alegria incontrolável, ou contrariamente, ter um surto de tristeza ou depressão que pode até mesmo levar ao suicídio.<br />Além disso, essa doença afeta a maneira como a pessoa 'percebe' as coisas, ou seja, pode provocar alucinações e alterar a personalidade da pessoa atingida, fazendo com que ela deixe de se importar com a 'imagem' que os outros terão dela. Por este motivo também TAB costumava (costuma) ser interpretado como uma 'possessão', porque as próprias feições e modo de falar da pessoa mudam.<br />Pessoas com TAB têm dificuldade para manter laços de amizade, relacionamentos e até mesmo empregos, e por falta de diagnóstico e tratamento isso pode afetar drasticamente a vida de uma pessoa irreversivelmente.<br />É uma doença incurável, que pode ser controlada com medicamentos à base de carbonato de lítio (conhecidos como estabilizadores de humor) que deverão ser utilizados por toda a vida.<br /><br /><br />Ou seja, se você tem algum parente ou amigo que tem esse tipo de comportamento, antes de chamar um padre ou um pastor, consulte um psiquiatra.<br /></span><br />Fonte:</div><div align="justify">Publicado por Eduardo Fernandes em http://euviumanjo.blogspot.com/2009/03/transtorno-afetivo-bipolar-tab.html<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#ff9900;">Psiche!</span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-1621193004301942552009-10-28T20:19:00.000-07:002009-10-29T05:18:38.099-07:00<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4XyceQkRupyHOLF051KFBqh7NeuAXaWu_h7EqpMpKxD26LLqHAyraQBFARUUaFOfZwyKM_D0onfj4-z6YKaedkqs70awcvhcQM1a9NyNMnU8X3R7yM-CNkBjTuvk2hGRZDSgVevyunpv6/s1600-h/3132204_Nim9h.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 230px; FLOAT: left; HEIGHT: 157px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397857072974153730" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4XyceQkRupyHOLF051KFBqh7NeuAXaWu_h7EqpMpKxD26LLqHAyraQBFARUUaFOfZwyKM_D0onfj4-z6YKaedkqs70awcvhcQM1a9NyNMnU8X3R7yM-CNkBjTuvk2hGRZDSgVevyunpv6/s320/3132204_Nim9h.jpg" /></a> <span style="color:#ff9900;"><strong>O que é?<br /></strong></span><span style="color:#ffff99;">O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Os transtornos afetivos não estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Por enquanto basta-nos compreender o que vem a ser o transtorno bipolar. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.<br />A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.<br />A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Características<br /></span><span style="color:#ffff99;">O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Tipos </span><br /><span style="color:#ffff99;">Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.<br />Outros tipos foram propostos por Akiskal, mas não ganharam ampla aceitação pela comunidade psiquiátrica. Akiskal enumerou seis tipos de distúrbios bipolares.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Fase maníaca</span><br /><span style="color:#ffff99;">Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias.. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Fase depressiva<br /></span><span style="color:#ffff99;">É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Exemplo de como um paciente se sente<br /></span><span style="color:#ffff99;">...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas.</span><br /><br /><span style="color:#ff9900;">Sintomas (maníacos):<br /></span><span style="color:#ffff99;">Sentimento de estar no topo do mundo com um alegria e bem estar inabaláveis, nem mesmo más notícias, tragédias ou acontecimentos horríveis diretamente ligados ao paciente podem abalar o estado de humor. Nessa fase o paciente literalmente ri da própria desgraça.<br />Sentimento de grandeza, o indivíduo imagina que é especial ou possui habilidades especiais, é capaz de considerar-se um escolhido por Deus, uma celebridade, um líder político. Inicialmente quando os sintomas ainda não se aprofundaram o paciente sente-se como se fosse ou pudesse ser uma grande personalidade; com o aprofundamento do quadro esta idéia torna-se uma convicção delirante.<br />Sente-se invencível, acham que nada poderá detê-las.<br />Hiperatividade, os pacientes nessa fase não conseguem ficar parados, sentados por mais do que alguns minutos ou relaxar.<br />O senso de perigo fica comprometido, e envolve-se em atividade que apresentam tanto risco para integridade física como patrimonial.<br />O comportamento sexual fica excessivamente desinibido e mesmo promíscuo tendo numerosos parceiros num curto espaço de tempo.<br />Os pensamentos correm de forma incontrolável para o próprio paciente, para quem olha de fora a grande confusão de idéias na verdade constitui-se na interrupção de temas antes de terem sido completados para iniciar outro que por sua vez também não é terminado e assim sucessivamente numa fuga de idéias.<br />A maneira de falar geralmente se dá em tom de voz elevado, cantar é um gesto freqüente nesses pacientes.<br />A necessidade de sono nessa fase é menor, com poucas horas o paciente se restabelece e fica durante todo o dia e quase toda a noite em hiperatividade.<br />Mesmo estando alegre, explosões de raiva podem acontecer, geralmente provocadas por algum motivo externo, mas da mesma forma como aparece se desfaz.<br />A fase depressiva<br />Na fase depressiva ocorre o posto da fase maníaca, o paciente fica com sentimentos irrealistas de tristeza, desespero e auto-estima baixa. Não se interessa pelo que costumava gostar ou ter prazer, cansa-se à-toa, tem pouca energia para suas atividades habituais, também tem dificuldade para dormir, sente falta do sono e tende a permanecer na cama por várias horas. O começo do dia (a manhã) costuma ser a pior parte do dia para os deprimidos porque eles sabem que terão um longo dia pela frente. Apresenta dificuldade em concentra-se no que faz e os pensamentos ficam inibidos, lentificados, faltam idéias ou demoram a ser compreendidas e assimiladas. Da mesma forma a memória também fica prejudicada. Os pensamentos costumam ser negativos, sempre em torno de morte ou doença. O apetite fica inibido e pode ter perda significativa de peso.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Generalidades</span><br /><span style="color:#ffff99;">Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer; outras pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também os pacientes, uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida normal e independente.<br />A denominação Transtorno Afetivo Bipolar é adequada? Até certo ponto sim, mas o nome supõe que os pacientes tenham duas fases, mas nem sempre isso é observado. Há pacientes que só apresentam fases de mania, de exaltação do humor, e mesmo assim são diagnosticados como bipolares. O termo mania popularmente falando não se aplica a esse transtorno. Mania tecnicamente falando em psiquiatria significa apenas exaltação do humor, estado patológico de alegria e exaltação injustificada.<br />O transtorno de personalidade, especialmente o borderline pode em alguns momentos se confundir com o transtorno afetivo bipolar. Essa diferenciação é essencial porque a conduta com esses transtornos é bastante diferente.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Qual a causa da doença?<br /></span><span style="color:#ffff99;">A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida.<br />Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Como se trata?</span><br /><span style="color:#ffff99;">O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os casos. Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o tegretol, o trileptal, o depakene, o depakote, o topamax.<br />Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes pode-se usar com muita cautela antidepressivos. Há pesquisadores que condenam o uso de antidepressivo para qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase depressiva, por causa do risco da chamada "virada maníaca", que consiste na passagem da depressão diretamente para a exaltação num curto espaço de tempo.<br />O tratamento com lítio ou algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está recomendado o uso permanente dessas medicações mesmo quando o paciente está completamente saudável, mesmo depois de anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes podem prevenir uma fase maníaca poupando assim o paciente de maiores problemas. Infelizmente o uso contínuo não garante ao paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as chances disso acontecer.<br />Pacientes hipertensos sem boa resposta ao tratamento de primeira linha podem ainda contar com o verapamil, uma medicação muito usada na cardiologia para controle da hipertensão arterial que apresenta efeito anti-maníaco. A grande desvantagem do verapamil é ser incompatível com o uso simultâneo do lítio, além da hipotensão que induz nos pacientes normotensos.<br /></span><br /><span style="color:#ff9900;">Fonte: </span>http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm#topo<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#ff6600;">Psiche!<br /></div></span>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-33129305506144215422009-10-28T20:03:00.000-07:002009-10-29T05:18:06.420-07:00<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ffff66;"><span style="color:#ff9900;"><span style="font-size:130%;">Neste texto você lerá sobre a fase do Transtorno Afetivo Bipolar ou Distúrbio Afetivo Bipolar chamada de Mania ou Hipomania.<br /></span><br /></span></span><span style="color:#ffff66;"><span style="font-size:100%;">Embora a Mania e a Depressão possam ser fases da mesma doença, neste texto só descrevo a fase maníaca. A fase Depressiva está descrita no texto sobre Depressão .<br /><br />Para os leigos "Mania" quer dizer repetição de hábitos ou atitudes. Para os médicos Mania é o seguinte:<br /><br />1) Descrição:<br /><br />É uma alteração do humor na qual o paciente se encontra em estado de hiperatividade, euforia, aceleração.<br />Fica agitado, falante, sem sono, irritado, briguento ou bem humorado demais.<br />Fala alto e muito, discute, argumenta, acha motivos para criar caso, implicar, desafiar.<br />O apetite pode aumentar ou diminuir.<br />A Libido geralmente aumenta.<br />A pessoa acha que sabe tudo, pode tudo, consegue tudo, nada é problema, gasta mais dinheiro que o habitual.<br />Pode ter vivências religiosas de ser poderoso e messiânico.<br />Geralmente o paciente não aceita estar doente nem ser medicado.<br />Nem todas as fases precisam ser iguais. Existem fases chamadas hipomaníacas, onde todos esses sintomas são muito mais fracos. Nestas fases hipomaníacas a pessoa pode aumentar sua produtividade e não perder a crítica. Algumas hipomanias podem durar anos.<br />Ambos os sexos, idade mais freqüente entre os 20 e os 50 anos.<br />Depois que a fase passa, o paciente se lembra de tudo e às vezes até acha graça (quando o estrago financeiro e familiar não foi muito grande...).<br />Não deixa seqüelas na memória, concentração, crítica, produtividade, inteligência, etc.<br />Uma fase maníaca prolongada pode criar um estrago emocional e financeiro para a família.<br />O estado “alegrinho" pode se transformar rapidamente em irritabilidade.<br />A fase maníaca é uma festa que acaba em ressaca: perdas financeiras, vexame social ou profissional e principalmente depressão.<br />A família não consegue segurá-lo em casa, de modo que ele irá sair, se expor e se meter em confusão.<br /><br />2) Relação do Transtorno Afetivo Bipolar com a Depressão.<br /><br />Ela pode vir antes, depois e junto (fase mista) com a depressão. Mas algumas pessoas podem ter só fases maníacas ou hipomaníacas.<br /><br />3) Causas:<br /><br />Fatores genéticos costumam ser mais importantes do que fatores emocionais. Mas um problema grave atual certamente pode desencadear uma fase maníaca ou hipomaníaca.<br />Existem estados semelhantes, que podem ser causados por:<br />Aceleração provocada por medicamentos inclusive antidepressivos.<br />Anfetaminas para emagrecer e drogas estimulantes.<br />Hipertireoidismo<br />Traumatismos cranianos.<br />Doenças neurológicas.<br /><br />4) Tratamento:<br /><br />É sempre medicamentoso.<br />Quando a fase maníaca é muito forte, é difícil tratar fora de um hospital.<br /><br />5) Psicoterapia do Transtorno Afetivo Bipolar:<br /><br />Depois que a fase melhorar, a psicoterapia é mais importante do que se pensava. Existem estudos que demonstram que uma psicoterapia bem feita tem um importante papel na prevenção de recaídas.<br /><br />6) Medicamentos "naturais":<br /><br />Não existe nenhum eficaz.<br /><br />7) Tempo para começar a melhorar.<br /><br />Embora se consiga uma tranqüilização relativamente rápida, no começo o paciente é um "vulcão adormecido". Qualquer diminuição da dose irá despertá-lo. A medicação, pode demorar de 15 a 30 dias para funcionar.<br /><br />8) Pode ter recaídas ?<br /><br />Sim, pode. Tanto de fases maníacas quanto de fases depressivas.<br /><br />9) Tratamento preventivo :<br /><br />Vários remédios podem ser usados como estabilizadores de humor, por exemplo: Lítio (Carbolitium), Carbamazepina (Tegretol), Lamotrigina (Lamictal, Lamitor), Ácido Valpróico (Depakene, Depakote), Oxcarbamazepina (Trileptal), Olanzapina (Zyprexa), Ziprazidona (Geodon), Aripiprazol (Abilify), Quetiapina (Seroquel), etc.<br /><br />Quem teve mais de 2 fases precisa tratamento preventivo. Cada fase aumenta em progressão geométrica a probabilidade de vir uma nova fase. As fases costumam ser cada vez mais freqüentes, mais intensas e mais difíceis de tratar.<br />Além disso, um dia uma fase pode voltar sob a forma de Psicose Esquizoafetiva, que tem prognóstico pior.<br /></span><br />Fonte:</span> http://www.mentalhelp.com/DAB.htm<br /><br /></span><span style="font-size:130%;color:#ff9900;">Psiche! </span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3484030870954348428.post-58499711824920395182009-10-28T19:10:00.000-07:002009-10-29T05:17:26.626-07:00Eros e Psique - O amor com um TBH<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6GChxMLYoeuobyLS4Z_cCExrFHHqyATJ8nJeZG4LY6DmKKtrjRIXePaqbFhUTACxCQaFs6c07dIY7rEff3ENH1haqSdGYeCwz8avAb2PrrlHwhJs8t90bUxYeEI6eBEFzbXkbl5YUGOEZ/s1600-h/eros-n-psyche-1-big.jpg"><span style="color:#ffffff;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 248px; FLOAT: left; HEIGHT: 347px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397842480849795042" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6GChxMLYoeuobyLS4Z_cCExrFHHqyATJ8nJeZG4LY6DmKKtrjRIXePaqbFhUTACxCQaFs6c07dIY7rEff3ENH1haqSdGYeCwz8avAb2PrrlHwhJs8t90bUxYeEI6eBEFzbXkbl5YUGOEZ/s320/eros-n-psyche-1-big.jpg" /></span></a><span style="color:#ffffff;"> </span><span style="color:#ffffff;">Um dos seres mais conhecidos entre as lendas da humanidade é Eros ou Cupido. Algumas vezes representado por uma criança alada, outras por um rapaz. Mas a sua representação maior está no seu simbolismo. E a Eros está ligada Psiquê (a Alma), que em sua lenda nos traz a imagem da união do amor e nossa alma.<br /><br />Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psiquê se casaram.<br /><br />Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiquê buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psiquê com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.<br /><br />Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, seus pais seguiram as intrusões recebidas. Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e a depositou no fundo de um vale.<br /><br />Exausta, Psiquê adormeceu. Quando acordou, se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... as portas se abriam para ela, vozes sussurravam sobre tudo o que ela precisava saber.<br /><br />Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele a advertiu de que lhe seria o melhor dos maridos, mas que elas jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre.<br /><br />Psiquê concordou. E assim foram seus dias, ela tinha tudo que desejava, era feliz, muito feliz, porque seu marido lhe trazia uma sensação do mais profundo amor e lhe era extremamente carinhoso.<br /></span><span style="color:#ffffff;"><span style="color:#666666;"><br /></span></span><span style="color:#ffffff;">Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudades de seus pais e pediu permissão ao marido para ir visitá-los. Ele relutou, os oráculos advertiam de que esta viagem traria péssimas conseqüências, mas ela implorou, suplicou... até que ele cedeu.<br /><br />E da mesma forma que a havia trazido para o palácio, levou-a à casa de seus pais. Psiquê foi recebida com muita alegria e levou muitos presentes para todos. Mas suas irmãs ao vê-la tão bem, se encheram de inveja e começaram a crivá-la de perguntas a respeito de seu marido.<br /><br />Ao saberem que até então ela nunca o tinha visto, convenceram-na de fazê-lo; evidentemente que as intenções delas eram apenas de prejudicar Psiquê, já que ela havia feito uma promessa a ele.<br /><br />Ao voltar para sua casa, a curiosidade tomou conta de seu coração. Tão logo veio a noite, ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo.<br /><br />No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela se perdeu em sonhos e ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor.<br /><br />Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo. Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo.<br /><br />Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono. Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles.<br /><br />E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo. Depois deste casamento, Eros e Psiquê, ou seja, o Amor e a Alma, permaneceram juntos por toda a eternidade. </span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#ffcc00;">Esse texto introdutório ao blog é para ilustrar a minha história com um TBH. Eros queria que sua amada dormisse e não o visse nunca, fazendo-a feliz, mas escondendo assim sua verdadeira identidade. Assim é a vida com um TBH - você vive feliz enquanto não o conhece realmente. Não vê suas crises da maneira como são. Não conhece sua dor, sua tristeza e seus escapes, até que você acorda, olha seu amado e deixa um pingo de cera quente cair em seu peito, ferindo-lhe a auto-estima. Isso aconteceu comigo e sei que acontece com você. Sou uma Psique e sei que há muitos Eros que também compartilharão suas vidas aqui. Sejam todos benvindos e comentem. Sua história pode salvar uma vida!</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#ff9900;"><strong>Psiche!</strong></span></div>Psichehttp://www.blogger.com/profile/09062052844677817676noreply@blogger.com16